Confirmada a derrota do Partido Conservador nas eleições dessa quinta-feira no Reino Unido, o primeiro-ministro Rishi Sunak anunciou hoje (5) que vai apresentar a demissão ao rei Carlos III. Deixará também o cargo de líder conservador, mas só sairá quando for encontrado um sucessor.
Sunak voltou a pedir desculpas ao país após a catastrófica derrota eleitoral e afirmou que ouviu a “raiva e decepção” dos eleitores e seu desejo de mudança.
“Ao país, gostaria de dizer, antes de mais nada, que lamento muito”, declarou à porta da Downing Street. “Eu dei tudo de mim nesse trabalho, mas enviaram um sinal claro de que o governo do Reino Unido tem de mudar. E é o único julgamento que importa”.
Ao deixar a residência oficial, Rishi Sunak anunciou também que deixará a liderança do Partido Conservador quando houver um sucessor pronto para assumir o cargo.
“Espero que, após 14 anos de governo, haja uma reconstrução do partido, que terá papel fundamental na oposição, de forma eficiente”.
“Quando aqui cheguei, como primeiro-ministro, disse que a tarefa mais importante era trazer a estabilidade à nossa economia”, afirmou. “A inflação está na posição ideal, as taxas das hipotecas estão baixando, estamos reconstruindo relações com aliados nos esforços globais para ajudar a Ucrânia. Acredito que este país está mais seguro, mais forte do que estava há 20 meses atrás. Mais próspero, mais justo, mais resiliente do que em 2010”.
Sunak expressou votos de sucesso ao futuro primeiro-ministro, Keir Starmer, que o derrotou nas eleições.
Admitindo as divergências políticas ao longo da campanha com o opositor trabalhista, Sunak descreveu Starmer como “um homem decente e de espírito público” que respeita.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.