O interior de São Paulo amanheceu cinza e seco neste sábado (24) devido às queimadas em diversas áreas do estado. Ao todo, foram 2.316 focos de incêndio registrados entre quinta (22) e sexta-feira (23), número quase 7 vezes maior do que o notificado em todo o mês de agosto do ano passado, quando foram contabilizados 352 incidentes.
As informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) colocam o estado de São Paulo no topo do ranking de incêndios no fim desta semana, seguido pelo Mato Grosso, onde foram detectadas 1.237 queimadas e o Pará, com 987 focos de fogo.
Dessa forma, São Paulo está à frente de estados na Amazônia Legal, que também passam temporada de incêndios, com fumaças que alcançam outras regiões do país – como o Sul e o Sudeste.
Os incêndios se concentram principalmente em municípios da região de Ribeirão Preto (SP), de São José do Rio Preto (SP), de Presidente Prudente (SP), São Carlos (SP) e Bauru (SP).
Os dados são obtidos pelo Programa BDQueimadas, mantido pelo Inpe, que se fundamenta em satélites de referência, ou seja, utilizados para a obtenção dos dados que compõem a série histórica e permitem o comparativo entre diferentes períodos.
Gabinete de contenção de crise
O governo do Estado criou um gabinete de crise para discutir soluções ao problema frente às ocorrências em canaviais e à morte de dois trabalhadores que tentavam combater o fogo nesta sexta em Urupês.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.