Pesquisa mostra que, pela primeira vez em cinco anos, transitar pela cidade de São Paulo de carro está sendo mais demorado do que usar o transporte público. É o que indica o novo levantamento realizado pela Rede Nossa São Paulo e pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Ipec.
Segundo os dados, o paulistano perde 2h26 do dia no trânsito, sendo sete minutos a mais do que o registrado em 2022. Para quem usa o próprio carro, o tempo médio cresce 23 minutos em relação a quem usa o transporte público, chegando a 2h46m.
A pesquisa também mostra que a população da capital paulista está descontente com a lotação e a frequência dos ônibus. Em cinco anos, a percepção de que os veículos públicos estão mais cheios atingiu o ápice, com 27% de avaliação. Já os que acham que o maior problema é a demora dos ônibus a passar, foram de 13% para 23% desde o ano passado. Em média, o tempo de espera pelo coletivo é de 21 minutos.
Apesar dos problemas apontados pelos paulistanos, o percentual dos que usam essa forma de locomoção é alta em São Paulo e cresceu em relação à última pesquisa. De acordo com os dados, o índice passou de 41% em 2022 para 57% em 2023. Os entrevistados mencionaram o ônibus como o principal meio utilizado, sendo citado por 41% dos 800 ouvidos, entre os dias 14 e 28 de agosto.
No entanto, os dados mostram que o automóvel continua sendo a segunda opção do paulistano, com 19%. O número, porém, está em declínio. Conforme os institutos, o carro era o principal meio de locomoção para 24% das pessoas no ano passado.
Ainda, aqueles que disseram ter parado de usar o veículo particular afirmaram que foram motivados pela necessidade de reduzir custos, pelo alto valor do combustível e por causa da possibilidade de trabalho híbrido (presencial e home office), que reduziu os deslocamentos pela cidade.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.