O evento que as três vítimas de febre maculosa compareceram em Campinas (SP) reuniu 3,5 mil pessoas e é uma festa tradicional da região. Em 2023, ocorreu a 22ª edição da “Feijoada do Rosa”, que aconteceu em 27 de maio na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio.
Uma adolescente de 16 anos também tem a morte investigada por suspeita de febre maculosa. Assim como as três vítimas, a jovem esteve no evento em Campinas.
Das 22 edições da festa, os últimos 10 anos foram realizados na Fazenda Santa Margarida. A “Feijoada do Rosa” reúne DJs de música eletrônico e o ingresso dá direito a comida, bebida e um abadá personalizado. A entrada para o evento tem preços altos, chegando a custar até R$ 750 na pré-venda.
Nas redes sociais, a festa se manifestou sobre as mortes e disse “declarar seu profundo pesar, solidarizando-se com as famílias e amigos enlutados”.
“Até o momento, não se pode descartar que as contaminações tenham eventualmente ocorrido durante essa frequência na Fazenda Santa Margarida, mesmo porque a Vigilância Sanitária local veio a público reforçar que a cidade de Campinas ganha especial expressão como foco da referida doença. Reiteremos nossos profundos sentimentos, permanecendo a organização do evento à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento adicional que se mostre necessário”, escreveu a organização do evento.
Após os casos virem à tona, Campinas confirmou o surto da doença na Fazenda Santa Margarida. Os eventos no local foram suspensos até que um plano de contingência seja apresentado, além de comunicação pelos responsáveis.
Em comunicado, o estabelecimento disse sempre agir segundo as exigências da Vigilância Sanitária e que mantém rigoroso processo de manutenção e cuidados.
“A Fazenda Santa Margarida se coloca à disposição das autoridades competentes para qualquer auxílio necessário na investigação desse triste acontecimento”, afirmou a Fazenda, que está sob administração do Grupo Vidotti.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.