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SP: Fechamento de turmas da EJA dificulta retorno de adultos às aulas

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Reprodução/Governo de São Paulo – 15.06.2015

“[…] Quando a escola fica distante, ou do local de trabalho, ou da sua residência, complica um pouco o acesso à escola”, diz André Sapanos, professor da EJA.

Atualmente, São Paulo tem 1.167 salas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). A modalidade é fundamental para possibilitar a continuidade dos estudos, especialmente para quem precisou deixar a escola. O tema está em debate na Câmara de Vereadores do município a partir de levantamento, apresentado pelo vereador Carlos Celso Gianazzi, que mostra que, nos últimos quatro anos, mais de 300 turmas foram fechadas. Com a redução da oferta de locais, chegar até a escola se soma ao desafio de seguir com a formação educacional.

Numa rotina corrida, Ducenizia Santana dos Santos prepara-se para mais um dia de aula no ensino médio. São raros os dias em que ela consegue passar em casa, depois do trabalho, para ver as filhas antes de seguir para a escola, onde fica até as 23h. Trabalhadora doméstica, aos 33 anos ela decidiu voltar a estudar depois de 14 anos distante da sala de aula.

“Eu me levanto às 6h da manhã porque as minhas filhas entram às 7h na escola. Eu levanto, faço o café, faço lanche pra elas. ‘Vamos, vamos que estão atrasadas!’. Aí, depois, faço uma coisa, outra coisa, quando penso que não, já acabou o tempo e eu tenho que correr para o serviço. Não é sempre que venho em casa, porque no decorrer do dia sempre tem alguma coisa a mais pra gente fazer. Então decido ir pra escola direto”, conta.

Depois de um dia inteiro de trabalho, os desafios para Ducenizia continuam, antes mesmo de chegar à sala de aula. Da casa dela até a escola são 30 minutos de caminhada. Percurso que ainda precisa fazer a pé, mesmo morando na maior cidade do país. Isso porque a oferta de ônibus é limitada. Se esperar, ela chega atrasada. São mais de 2 quilômetros caminhando, mesmo com escolas do lado de casa.

“Com todo esse material [da audiência], a gente vai encaminhar depois as ações, os encaminhamentos irão para o Tribunal de Contas do Município, para o Ministério Público, pra gente ter uma ação concreta e evitar esse desmonte da EJA na cidade de São Paulo”, declarou.

A audiência foi realizada em conjunto com a Câmara Federal em Brasília. “É com uma política de bolsa EJA que a gente vai dar garantias para que aquele estudante que está na vulnerabilidade tenha condições efetivas de retornar ao estudo, à educação, à escola”, destacou a deputada federal Luciene Cavalcante.

André Sapanos, professor do EJA e especialista em direitos humanos, explica que esses problemas prejudicam o aprendizado na sala de aula. “Os estados, em todo o território nacional, têm feito polos de EJA. E esses pólos normalmente ficam distantes das casas dos estudantes. Então, quando a escola fica distante, ou do local de trabalho, ou da sua residência, complica um pouco o acesso à escola”, avaliou.

A Secretaria Municipal de Educação disse, em nota, que a demanda por EJA caiu depois da pandemia e, por isso, as turmas foram transferidas para outras escolas. O órgão disse ainda que atende a toda a demanda de matrículas para essa modalidade de ensino.

Ainda de acordo com a prefeitura, “com a obrigatoriedade de estudos a partir dos 4 anos de idade, espera-se a diminuição de matrículas e turmas de adultos para a modalidade de EJA, uma vez que os estudantes se formam na idade recomendada”.

Fonte: Nacional

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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