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Agronegócio

Soja se recupera e pode superar o recorde de 100 milhões de toneladas exportadas

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As exportações brasileiras de soja em grão registraram uma impressionante recuperação ao longo de 2024, revertendo a tendência de queda observada nos anos anteriores. Segundo dados mais recentes, de janeiro até a primeira semana de agosto, o Brasil já embarcou quase 78 milhões de toneladas do produto, sinalizando um forte potencial para alcançar ou até mesmo superar a marca histórica de 100 milhões de toneladas exportadas até o final do ano.

Esse crescimento nas exportações está sendo impulsionado por vários fatores. Em primeiro lugar, a expectativa de uma safra robusta no Brasil tem gerado um otimismo generalizado no setor. Produtores brasileiros, diante da falta de perspectiva de aumento nos preços internacionais, têm se apressado em liberar espaço nos armazéns para a nova colheita, o que impulsionou os embarques de soja para o exterior.

No ano passado, o Brasil alcançou um recorde ao exportar 102 milhões de toneladas de soja em grão, e agora, com a recuperação nas exportações, há uma expectativa crescente de que esse recorde possa ser igualado ou até superado em 2024.

Estima-se que, até o final de agosto, o volume total exportado atinja aproximadamente 83 milhões de toneladas. Se a média mensal de exportações observada no ano passado for mantida entre setembro e dezembro, o Brasil pode encerrar o ano com uma cifra impressionante, reafirmando sua posição como um dos maiores exportadores de soja do mundo.

Por outro lado, as exportações de óleo de soja devem apresentar uma queda significativa em comparação ao ano passado. A retração é atribuída à normalização das condições de mercado após o impacto inicial da guerra entre Rússia e Ucrânia, que havia elevado temporariamente a demanda por este produto.

A recuperação nas exportações de soja em grão é um reflexo da resiliência e da capacidade de adaptação do agronegócio brasileiro frente às adversidades do mercado internacional. Com uma estratégia focada na manutenção da produção e na busca por novos mercados, o setor agrícola do país continua a desempenhar um papel crucial na economia nacional, garantindo não apenas a geração de divisas, mas também o sustento de milhares de famílias em regiões produtoras.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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