A Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) anunciou nesta quarta-feira (2) que subiu para 70 o número de seus funcionários, “juntamente com suas famílias”, que foram mortos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel, dando início ao conflito.
Além destes, outros 22 ficaram feridos. “Este é o maior número de trabalhadores humanitários da ONU mortos num conflito em tão pouco tempo”, disse a agência nas redes sociais.
A agência também levantou o ponto de que muitos palestinos estão desabrigados, seja por terem a moradia bombardeada, ou por terem sido forçados a se deslocar da sua região. O cálculo do grupo é que 1,4 milhões de pessoas “estão atualmente deslocadas” em Gaza.
It’s estimated that 1.4 million people are currently displaced in the#GazaStrip
“Nossos abrigos têm quase 4x a capacidade pretendida e as condições de superlotação continuam a criar graves problemas de saúde e proteção”, escreveu a agência.
Após a sua primeira visita à Gaza desde o início do confronto, o Comissário-Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, ressaltou que “os níveis de angústia e as condições de vida insalubres [vistas] estavam além da compreensão”.
Ele enfatizou que os suprimentos humanitários que chegam “de longe não são suficientes” porque “a água, os alimentos, os remédios e o combustível estão acabando rapidamente”. Lazzarini pediu uma “resposta humanitária significativa” para evitar mais vítimas.