Ao menos seis bebês prematuros e nove pacientes morreram no hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, desde que a falta de energia afeta a unidade, de acordo com o Ministério da Saúde local nesta segunda-feira (13). O hospital é alvo das forças israelenses.
De acordo com a imprensa local, atiradores continuam cercando o al-Shifa, prendendo milhares de pessoas dentro da unidade. São cerca de 650 pacientes, 500 profissionais da saúde e 2,5 mil refugiados que se abrigaram no hospital.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse que conversou com profissionais da saúde do hospital al-Shifa e relatou que a situação é “terrível e perigosa”.
“Foram três dias sem luz, sem água e com uma internet muito fraca, o que prejudicou gravemente a nossa capacidade de prestar cuidados essenciais. Os constantes tiroteios e bombardeamentos na área agravaram as circunstâncias já críticas”, disse ele, em publicação nas redes sociais.
“Tragicamente, o número de mortes de pacientes aumentou significativamente. Lamentavelmente, o hospital não funciona mais como hospital. O mundo não pode ficar em silêncio enquanto os hospitais, que deveriam ser refúgios seguros, se transformam em cenários de morte, devastação e desespero. Cessar-fogo. AGORA”, completou.
Ataques ao hospital al-Shifa
Nos últimos dias, o hospital tem sido foco de ataques isralenses porque as Forças de Defesa de Israel afirmam que o Hamas mantém um centro de comando no subsolo do hospital, sem apresentar provas – o grupo nega.
Em meio aos ataques, Israel ordenou a evacuação completa do hospital e afirmou que os militares “abriram e garantiram uma passagem que permite à população civil evacuar [para o sul], a pé e em ambulâncias, dos hospitais al-Shifa, Rantisi e Nasser”. O Ministério da Saúde, porém, afirma que é impossível realizar uma evacuação em segurança, já que faltam ambulâncias e equipamentos adequados para transportar os feridos.
Em entrevista à NBC News neste domingo (12), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país ofereceu combustível ao hospital, mas o Hamas teria recusado. “O Hamas, que está escondido nos hospitais e se colocando lá, não quer o combustível para o hospital. Eles querem obter o combustível que levarão dos hospitais para os seus túneis, para a sua máquina de guerra”, acusou Netanyahu.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.