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“Só chorar e gritar me mantém respirando”, diz fotógrafa palestina

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“Somente chorar e gritar me mantém respirando. Eu não sei sequer se ainda faz sentido respirar”, declarou a fotógrafa Ahlam Shibli à Agência Brasil. A artista palestina havia aceitado conceder uma entrevista sobre o seu trabalho Death (Morte), que faz parte da 35ª Bienal de São Paulo. No entanto,  Ahlam se disse extremamente chocada com os desdobramentos da guerra na Palestina.

“Eu estou destruída pelas últimas notícias de um genocídio do povo palestino. Israel bombardeou um hospital matando mais de mil pessoas. Estou paralisada”, disse nas breves frases enviadas por e-mail em inglês nesta quarta-feira (18). Segundo as Nações Unidas e autoridades de saúde locais, um hospital palestino foi atingido em uma ataque aéreo na terça-feira (17). As estimativas iniciais eram de que entre 300 e 500 pessoas morreram na explosão.

As Forças Armadas de Israel negaram ter atacado o hospital e atribuíram a explosão a um erro cometido pelo grupo Jihad Islâmica, que teria disparado uma série de foguetes. O incidente faz parte do conflito desencadeado no último dia 7, após um ataque do grupo Hamas contra o território Israelense. Em resposta, a Faixa de Gaza foi submetida a um cerco e bombardeada ao longo dos últimos dias.

Morte

A série de 68 fotografias que compõe o trabalho em exposição na Bienal mostram como é preservada a memória daqueles que morreram lutando pela libertação da Palestina. As fotos dos “mártires”, conforme descreve a própria artista no texto que contextualiza a obra, aparecem em diversos lugares, desde as lápides de cemitérios até porta-retratos fixados sobre o sofá da sala de estar da família. Em algumas imagens, os jovens seguram fuzis em outras, não há nenhum sinal bélico aparente.

“Lutadores palestinos que caíram durante a resistência armada contra as incursões de Israel e as vítimas dos militares de Israel, mortos em diferentes circunstâncias; militantes que levaram a cabo ataques que sabiam que resultariam em suas próprias mortes, entre esses, homens e mulheres que detonaram explosivos nos próprios corpos para assassinar israelenses e também os prisioneiros”, enumera a artista a respeito das pessoas em foco no trabalho.

Os encarcerados são lembrados com imagens das cartas enviadas da prisão. Os textos aparecem decorados com flores e corações. Documentos pessoais que a artista ressalva terem passado pela censura imposta pelas autoridades prisionais israelenses.

As fotografias foram feitas entre 2011 e 2012, na região de Nablus, incluindo campos de refugiados, ao norte da Cisjordânia.

Artista

Ahlam Shibli realiza trabalhos com estética documental desde a década de 1990. Nascida em 1970, na Palestina, produziu diversas séries retratando aspectos do conflito que afetam a população de seu país. Também investigou temas como os imigrantes na Alemanha e os traumas coloniais da França, país que viveu a resistência ao nazismo e nas décadas seguintes promoveu guerras sangrentas contra os territórios que escaparam a sua dominação nas décadas seguintes.

Visitação

A série Morte pode ser vista no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, zona sul paulistana, até o dia 10 de dezembro. A visitação é gratuita. Mais informações estão disponíveis na página da mostra.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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