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MATO GROSSO

Setembro Amarelo: conheça o trabalho realizado pelo CVV em Cuiabá

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A melhor prevenção ao suicídio é o diálogo. Quando a pessoa se comunica, ela inicia um processo em que precisa elaborar seus sentimentos e encontrar a melhor forma de externar suas emoções. É por meio da fala que a dor pode ser elaborada, manejada e reduzida. E nesse processo, a escuta tem o papel fundamental de trazer equilíbrio e alívio às dores.
 
A escuta tem o poder de salvar vidas. Essa foi a tônica da roda de conversa realizada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, na terça-feira (12 de setembro), com a participação de especialistas da área da saúde emocional, magistrados, servidores e convidados, que juntos puderam esclarecer dúvidas, fazer perguntas, e o mais importante, tiveram a oportunidade de falar, ouvir e ser ouvidos.
 
“A capacidade de ouvir, a escuta verdadeiramente interessada, acolhedora e sem julgamentos tem o poder de retirar a angústia e acalmar as dores, mas ao invés de cuidar da angústia, nós aplacamos e calamos a angústia, e em algum momento, isso vai explodir. A escuta compreensiva, a confiança e a aceitação incondicional, lembrando que aceitar não é concordar, são fundamentais no trabalho realizado pelo CVV. Quando a pessoa é ouvida, ela também se ouve, e nisso o acolhimento é automático”, afirma a coordenadora Regional Centro-Norte do Centro de Valorização da Vida na Comunidade (CVV), Ana Rosa Ramos Nunes.
 
O CVV é uma organização de caráter filantrópico que presta serviço voluntário e gratuito de prevenção ao suicídio e apoio emocional, com atendimento 24 horas por dia, pelo telefone 188. As ligações podem ser realizadas por orelhão, celular e telefone fixo. O contato com o CVV pode ser feito pelo site www.cvv.org.br , pelo e-mail apoioemocional@cvv.org.br , chat e inclusive atendimento presencial.
 
Em Mato Grosso, mais de 50 voluntários estão à disposição para as pessoas que querem e precisam falar. No Brasil são mais de 100 postos de atendimento espalhados e 3,5 mil voluntários. Em 2022 foram realizados 3,4 milhões de apoios.
 
Atendimentos CVV – O CVV Comunidade é um serviço do Programa de Apoio Emocional do Centro de Valorização da Vida, que contribui com a prevenção do suicídio e a valorização da vida, de forma presencial, através de oportunidades educacionais com foco no desenvolvimento humano numa postura humanista, e que atende os princípios básicos “CVV Uma Proposta de Vida”, pautado em valores universais como: disponibilidade, compreensão, empatia, compaixão, respeito, aceitação, confiança e comunicação genuína.
 
Além dos canais de atendimento por telefone, chat e e-mail, o Centro de Valorização da Vida possui uma agenda de atendimento aberto ao público, com atividades presenciais durante toda a semana. As atividades são oferecidas na sede do CVV em Cuiabá, localizado na Rua Comandante Costa, 296, Centro-Note.
 
– Nas segundas-feiras, às 19h30, é realizado o encontro Caminho de Renovação Continua (CRC). Aberto para a comunidade, o CRC tem o objetivo de propiciar através de troca de experiências, a possibilidade de promover o autoconhecimento, e o desenvolvimento de uma melhor compreensão da coletividade.
 
– Nas quartas-feiras, das 19h30 às 21h30, Curso Caminho de Valorização da Vida, com início no dia 04 de outubro. O curso tem o objetivo de compartilhar as vivências do dia a dia, buscando o autoconhecimento e o equilíbrio, trabalhando conscientemente nossas limitações e potencialidades. O curso é realizado em 10 encontros, uma vez por semana, com duas horas de duração.
 
– Nas quintas-feiras, das 19h às 21h, Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio (GASS). Reuniões abertas à comunidade, destinado a pessoas próximas de alguém que cometeu o suicídio e àquelas que tentaram o suicídio. O atendimento feito no grupo de apoio é realizado de forma sigilosa, anônima e confidencial.
 
– Aos sábados, das 17h às 20h, Cine Ser. A próxima sessão será realizada no dia 30 de setembro.
 
– No dia 24 de novembro (sexta-feira), às 17h, será realizada a Semana de Valorização da Vida (SVV).
 
Falar é preciso! – Falar sobre as dores que afligem o emocional é o melhor tratamento para o cuidado de transtornos como ansiedade e depressão, explica a psicóloga do Departamento de Saúde do TJMT, Gisele Castilho.
 
“Ninguém quer tirar a própria vida. As pessoas em desespero querem dar fim à dor, ao sofrimento, mas não à vida. E o suicídio é o auge da dor mas antes disso, diversos sinais antecedem o suicídio, como a depressão, o transtorno bipolar e transtornos relacionados ao consumo de álcool e drogas. A maior prevenção é prestar atenção no outro, e observar os sinais. Nós precisamos quebrar tabus, precisamos parar de diminuir ou minimizar a dor ou os sinais dados pelas pessoas. São sinais de que elas estão em sofrimento, e na maioria das vezes, podem ser sinais pequenos que acabam ignorados. Aos percebermos o menor sinal, devemos nos aproximar, dialogar com essa pessoa, mostrar que estamos sensíveis à dor dela e orientar para que busque a ajuda de um profissional”, frisou Gisele Castilho.
 
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Naiara Martins
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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