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MATO GROSSO

Setembro Amarelo: a coragem que reside na vulnerabilidade emocional

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A cada ano, o mês de setembro se pinta de amarelo, não apenas pelas flores que anunciam a primavera, mas também pela importante campanha de conscientização conhecida como Setembro Amarelo. Esse é um período em que o mundo inteiro une forças para discutir um tema crucial, mas frequentemente negligenciado: a saúde mental e a prevenção do suicídio.

Em nossa sociedade, ainda existe um estigma em torno de questões de saúde mental. Falar sobre emoções, depressão, ansiedade e pensamentos suicidas é visto por alguns como sinal de fraqueza. No entanto, a campanha Setembro Amarelo nos convida a repensar essa mentalidade e a reconhecer a coragem que reside na vulnerabilidade. Só para se ter uma ideia, em 2022, somente em Mato Grosso, 299 pessoas tiraram a própria vida. Neste ano, 131 vidas foram interrompidas por suicídio.

É necessário falar mais sobre o assunto. A palavra suicídio é constantemente evitada, mas vale um alerta: precisamos criar espaços para falar do assunto e promover o quanto viver é maravilhoso, uma dádiva. A primeira e mais importante mensagem do Setembro Amarelo é que todos nós temos emoções. Somos seres humanos, não máquinas. Todos passamos por momentos difíceis, enfrentamos desafios e lidamos com pressões em algum momento de nossas vidas. A pressão de “ser forte” o tempo todo não é saudável e, muitas vezes, pode levar a um acúmulo de tensões emocionais que se tornam insuportáveis.

É fundamental entender que não estamos sozinhos em nossas lutas emocionais. Milhões de pessoas em todo o mundo passam por circunstâncias difíceis e desafios mentais. É por isso que a comunicação é essencial. O Setembro Amarelo incentiva as pessoas a falar abertamente sobre os sentimentos, a ouvir atentamente os outros e a oferecer apoio quando necessário.

Além disso, a campanha enfatiza a importância de reconhecer os sinais de alerta. Mudanças de comportamento, isolamento, expressões de desesperança – esses são sinais de que alguém pode estar lutando emocionalmente. Não devemos subestimar o poder de uma conversa, de perguntar a alguém como ele ou ela está se sentindo e oferecer um ombro amigo.

A prevenção do suicídio não é responsabilidade exclusiva de profissionais de saúde mental; é uma responsabilidade coletiva. Precisamos criar uma cultura de apoio emocional e compreensão mútua. Isso começa por educar a todos sobre a importância do ‘Setembro Amarelo’ e como ele pode salvar vidas, porém podemos tornar esse cuidado uma rotina diária.

Neste mês amarelo, convido a todos a refletirem sobre como podemos contribuir para essa causa. Pode ser tão simples quanto compartilhar informações sobre recursos de apoio ou oferecer uma palavra gentil a alguém que você suspeita estar sofrendo emocionalmente. Juntos, podemos transformar a sociedade em um lugar mais compreensivo e solidário.

Portanto, vamos lembrar que nossas emoções são uma parte essencial de nossa humanidade. Vamos abraçar a vulnerabilidade como uma força, não uma fraqueza. E, mais importante, vamos estender a mão aos que precisam, porque, afinal, todos nós merecemos apoio e compreensão em nossa jornada emocional.

Faço um convite a todos se envolverem na conversa sobre saúde mental. Seja através de um bate-papo com um amigo, compartilhando recursos ou até mesmo participando de eventos e iniciativas locais, cada um de nós pode fazer a diferença. A prevenção do suicídio é uma responsabilidade compartilhada e, juntos, podemos criar uma sociedade mais compreensiva e solidária.

Vale frisar, que o mês de setembro é uma lembrança de que nossa humanidade é marcada por altos e baixos emocionais. É um chamado à ação para tornarmos esses momentos difíceis menos solitários e mais suportáveis. Vamos transformar este mês em um momento de esperança, compaixão e cuidado.

Busque ajuda profissional, isso é importante, o Centro de Valorização da Vida (CVV) por meio do número 188 está sempre a disposição para atender os chamados. Lembre-se que você não está sozinho (a)!

Virginia Mendes é economista e primeira-dama de MT.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Ampliação do orçamento estadual para saúde mental é destaque em encontro promovido pelo TCE

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A ampliação do financiamento do Governo do Estado para os serviços de saúde mental em Mato Grosso foi destaque na abertura do Encontro de Saúde Mental, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) nesta quinta-feira (19.09). O evento foi uma oportunidade para debater melhorias para a rede pública de saúde do Estado e dos Municípios.

Atualmente, está previsto o orçamento de R$ 87 milhões para saúde mental em até quatro anos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), sendo cerca de R$ 20 milhões para cada ano. Antes, o valor previsto para a área era de aproximadamente R$ 1,3 milhão por ano.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo, o grande incremento no financiamento possibilita a ampliação e estruturação da rede de saúde mental em Mato Grosso.

“Existe uma perspectiva para 2025 de ampliação, justamente porque houve uma melhora significativa nos valores e no financiamento desse serviço, então a ampliação estrutural também precisa ser significativa. A saúde mental é um grande desafio, daí a importância dessa questão transversal, interdisciplinar, ser abordada por todos – executivo, legislativo e judiciário –, cada um dentro do seu papel”, disse o gestor, ao parabenizar a iniciativa do Tribunal.

O deputado estadual Carlos Avallone, que mediou junto ao Governo a ampliação do financiamento para a saúde mental em Mato Grosso, destacou a disposição da gestão estadual em fazer a ampliação do orçamento.

“Nós fizemos uma apresentação para o governador Mauro Mendes, depois de um ano de estudos, trabalhos, do que se precisava fazer. Depois da reunião, o governador falou: ‘aprovado’. Pode colocar R$ 80 milhões de emendas no PPA [Plano Plurianual], R$ 20 milhões por ano. Ninguém pôs uma dificuldade, foi uma coisa impressionante. Estamos preparados para essa união de esforços e nós já estamos executando, neste ano, os primeiros 20 milhões”, declarou.

O presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do TCE, o conselheiro Guilherme Maluf, também enfatizou a importância do orçamento para a execução de políticas públicas mais efetivas na área da saúde mental.

“Precisamos de orçamento, focar desde o orçamento municipal ao federal, não só o estadual. Tem que ser ressaltada essa iniciativa do Avallone e do governador Mauro Mendes, que entendeu a necessidade de termos esse investimento na Saúde Mental. Esse Tribunal vai acompanhar e monitorar todas as execuções de políticas públicas em todas as áreas e essa é uma área crítica”, avaliou.

Também participaram do evento a vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Maria Erotides Kneip, o promotor de justiça da 7ª Promotoria de Justiça Cível, Milton Mattos, além de demais representantes do Ministério Público, do Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) e da sociedade civil.

Fonte: Governo MT – MT

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