Trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen, sediada nos Estados Unidos, foram mortos em um ataque do exército israelense na Faixa de Gaza, conforme informou o fundador e líder da organização, o chef hispano-americano José Andrés. A ONG relatou que sete funcionários morreram no ataque.
José Andrés expressou seu lamento pela tragédia, mencionando que o grupo perdeu vários de seus colaboradores em um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel em Gaza. Como resultado desse incidente, a ONG decidiu suspender suas atividades na região.
Além disso, José Andrés fez um apelo às autoridades israelenses, pedindo o fim do que ele descreveu como uma “matança indiscriminada” e instando a cessar a restrição à ajuda humanitária, bem como a interrupção do ataque a civis e trabalhadores humanitários, além de deixar de usar alimentos como arma.
A Casa Branca também se manifestou sobre o ocorrido, expressando sua consternação com a situação enfrentada pelos trabalhadores da WCK. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, declarou que os trabalhadores humanitários devem ser protegidos em suas atividades e instou Israel a investigar rapidamente o ocorrido.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, havia relatado anteriormente que quatro trabalhadores da ONG, juntamente com o motorista palestino, foram mortos em um ataque israelense ao veículo em que estavam. O ministério informou que cinco vítimas foram levadas ao hospital após o bombardeio.
Os militares israelenses afirmaram que estão analisando o incidente em cooperação com a WCK para entender as circunstâncias do ocorrido. Enquanto isso, um correspondente da AFP testemunhou cinco corpos e três passaportes estrangeiros no hospital.
A World Central Kitchen, liderada por José Andrés, estava envolvida no envio de ajuda humanitária para Gaza, através de um corredor humanitário a partir do Chipre, bem como na construção de um cais temporário no território palestino. Um primeiro navio descarregou 200 toneladas de suprimentos em março, sob a supervisão do exército israelense, e um segundo carregamento está a caminho da Faixa de Gaza.
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.