A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) promoveu panfletagem no município de Várzea Grande, percorrendo ruas e comércio local, como parte da programação da Campanha de Combate ao Trabalho Infantil, realizada no mês de junho.
A ação é organizada pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Fepeti-MT), com o apoio do Governo de Mato Grosso, por meio da Setasc, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social de Várzea Grande.
Conforme a superintendente de Benefícios, Programas e Projetos do SUAS da Setasc, Marimar Michels, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) é uma ação federal, desenvolvida pela gestão estadual, em parceria com os municípios.
“Várzea Grande é um município que aderiu e executa o PETI. Atendemos um pedido da Secretaria Municipal de Assistência Social de Várzea Grande para estarmos juntos realizando a panfletagem, que é uma divulgação, com o objetivo de sensibilizar as pessoas. É necessário que a população consiga ver que o trabalho infantil é um crime, e traz sérias consequências para as crianças. E a Setasc está presente, fortalecendo essa ação em prol das crianças”, afirmou a superintendente Marimar.
A secretária adjunta de Assistência Social de Várzea Grande, Daniela Baroni, ressaltou que a mobilização é para conscientizar as pessoas sobre a importância da erradicação do trabalho infantil.
“É muito importante que as pessoas sejam informadas, conheçam sobre o assunto. Por isso, temos que passar essas informações para que as pessoas entendam o que é o trabalho infantil, e que o lugar da criança é a escola e os projetos sociais, para que elas possam se desenvolver, onde elas possam conhecer sobre o mundo e devolver suas habilidades, sem fazer nenhum tipo de trabalho antes da idade correta e do momento certo. Esse trabalho que nós estamos desenvolvendo é muito importante, e o nosso objetivo é espalhar para o maior número de pessoas as informações referentes ao trabalho infantil”, disse.
De acordo com a coordenadora do PETI em Várzea Grande, Geni Corrello, a ação é realizada durante todo o ano, em pontos estratégicos e em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Secretaria de Educação, Guarda Municipal e muitos outros que abraçam a causa e fazendo uma abordagem informativa.
“Fazemos diversas ações, principalmente em escolas, como palestras para os pais e as crianças. Com a pandemia houve um aumento significativo de trabalho infantil. Infelizmente é uma realidade muito chocante. Agradeço a todos os parceiros que temos, principalmente a Setasc, que está presente nesta ação e nos forneceu todo o material para a realização da panfletagem”, declarou a coordenadora.
A assessora pedagógica do município, Meiry Snowareski, relatou que faz trabalhos nas escolas no intuito de conscientizar tanto as crianças quanto os pais sobre o trabalho infantil.
“Muitos confundem trabalho infantil com afazeres domésticos, o que não é o certo. Não há problema em ajudar nos afazeres de casa. O problema é o trabalho fora e que traga para dentro de casa uma remuneração. Criança tem que ser criança”, finalizou.
O governador em exercício Otaviano Pivetta defendeu a urgência para aprovação de leis mais rigorosas contra o crime organizado durante reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (31.10), em Brasília.
“Temos que fazer um pacto para que os criminosos voltem a temer o Estado Brasileiro, mas principalmente, precisamos atualizar a Constituição de 1988, que já não atende mais a realidade atual”, afirmou.
A reunião teve como foco a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e contou com a presença de diversos governadores, do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
O presidente Lula pontuou a necessidade de montar um pacto federativo que envolva todos os poderes da federação.
“O crime organizado não é mais apenas um problema, mas uma questão complexa, diferente de outras décadas. Não se trata mais de bandidos comuns, mas de organizações poderosas que estão envolvidas em todos os setores da sociedade. Reconhecemos que a segurança pública está em constante evolução, frequentemente ouvimos que um estado está melhor em um dia e pior no outro. Não podemos permitir que um criminoso se esconda em outro estado. Precisamos ter uma abordagem mais organizada e estamos dispostos a enfrentar essa realidade”, afirmou o presidente.
Em sua fala durante a reunião, Otaviano Pivetta enfatizou que o maior medo do cidadão brasileiro é a falta de segurança pública.
“O estado é formal, mas o crime organizado atua de forma ágil e rápida, e isso nos coloca em desvantagem, não se trata de falta de estado, mas de uma organização eficaz. Estamos prontos para ajudar a avançar nesta composição, e essa convocação nos anima muito”, afirmou, reforçando que, embora a emenda seja importante, um debate mais amplo é importante para encontrar soluções eficazes.
O governador concluiu destacando que o combate ao crime organizado exige leis mais duras. “É inaceitável que as maiores barbaridades não tenham consequências, e isso só será possível com uma legislação que realmente atenda às necessidades da sociedade”.