POLÍTICA

Sessão especial homenageou o pintor Humberto Espíndola na noite de terça (17)

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A Assembleia Legislativa realizou sessão especial em homenagem ao artista Humberto Espíndola, que aos 80 anos completa 55 anos de carreira, na noite de terça-feira (17). Além dele, também receberam Moção de Aplausos pessoas envolvidas na produção do livro “O Mítico e o Político na Obra de Humberto Espíndola”, lançado na Casa de Leis após a cerimônia de homenagens.

O deputado estadual Beto Dois a Um (PSB) é autor do requerimento da sessão especial que celebrou Humberto Espíndola e sua “bovinocultura”. O artista lembrou que fez dois murais no Palácio Paiaguás, sede do Governo de Mato Grosso, com a presença de bois e a estranheza causada na época. “Na ocasião todo mundo estranhou, mas eu acho que aquele painel com bois foi uma espécie de magia profeciatória, porque hoje o Mato Grosso é o maior produtor de carne do Brasil e quem sabe do mundo”, recordou Humberto. 

Ele explica que decidiu representar o animal em suas obras após ver trabalhos que estavam sendo feitos fora do país. “Eu observando os artistas da pop-art norte-americana, vi que eles pintavam o jeito de viver americano. Então comecei a pensar qual é o jeito de viver do mato-grossense? Quais são as coisas importantes em Mato Grosso? Que movimenta a economia, que movimenta a sociedade. E foi óbvio para mim, que era campo-grandense naquele tempo, era o boi. O boi estava em todos os lugares”, contou. 

“Eu me sinto muito feliz de receber a homenagem em vida. Eu fico muito agradecido ao deputado Beto Dois a Um, porque nós conversamos sobre esse livro, lançado hoje, quando ele era secretário ainda Secretário de Cultura do Estado”, concluiu Humberto Espíndola.

Também pintora, a artista cuiabana Dalva de Barros esteve presente na sessão e falou sobre o amigo homenageado.  “O trabalho dele acho que é muito importante aqui para a nossa região, a bovinocultura. É um grande amigo, grande pessoa, de que eu gosto muito e eu admiro o trabalho. É merecida homenagem”, declarou. 

Editora do livro, Maria Teresa Carracedo, é uma das agraciadas com a moção de aplausos. “Para mim foi um grande privilégio conviver com esse artista durante todo esse processo de edição, que levou alguns anos. Um artista de referência que fez muito pelo movimento das artes plásticas em Mato Grosso, junto com Aline Figueiredo [também homenageada]. É um momento muito especial, por poder lançar esse livro, que é uma obra de amplo fôlego, muito ilustrada, 320 páginas, com muitas obras do artista”, afirmou. 

O secretário Jefferson Neves, titular da pasta de Cultura, Esporte Lazer (Secel) do estado, foi mais um a louvar o artista homenageado. “Celebramos 55 anos muito intensos e de muita produção. Em todo lugar que você vai nesse estado você tem obra de Humberto e obras uma mais lindas que a outra, mais representativas que a outra, então é uma homenagem mais que justa. Os dois painéis no Palácio, tanto o externo quanto o interno, são tombados pelo Patrimônio histórico e vão ser restaurados eternamente, vai estar na memória para sempre”, destacou. 

O deputado Beto Dois a Um parabenizou a Secel pela entrega do livro e falou sobre o contato que teve com a obra de Humberto Espíndola. “Tive o privilégio de conviver com a obra do Humberto enquanto estudei em Campo Grande. E quando vim ao Mato Grosso, me deparei com o tamanho do trabalho dele”, declarou o parlamentar. “Também foram homenageados todos que participaram da confecção desse livro, fotógrafos, os que participaram da edição, da diagramação, de todo esse processo de construção, de entrega desse livro. Foi muita gente envolvida para a gente chegar nesse produto final tão importante”, completou.

Ainda estiveram presentes o secretário-chefe da Casa Civil do estado, Fábio Garcia, e o secretário adjunto de cultura, Jan Moura, entre outras autoridades. 

Homenagem póstuma – Autora do livro “O Mítico e o Político na Obra de Humberto Espíndola”, a crítica de arte e curadora paranaense Mariza Bertoli, foi agraciada com moção de aplausos in memoriam e lembrada pelas pessoas que trabalharam na obra. 

“Mariza Bertoli realizou uma tese de doutorado sobre a obra do artista. Alguns anos depois, ela realizou esse trabalho e transformou em livro, este que nós estamos publicando neste momento. Infelizmente, ela veio falecer, mas antes do seu falecimento ela aprovou a edição”, disse Maria Teresa Carracedo. 

Humberto Espíndola também fez referência à autora. “O meu trabalho sempre foi político, eu fui censurado no tempo da ditadura, eu tive quadros que foram parar em porões, quando eu era universitário, ainda no Paraná, onde estudei. E quem fez essa análise do mítico e o político foi ela, infelizmente já falecida, antes de ver o livro pronto, para o meu lamento e lamento de todos nós. A cultura brasileira perdeu uma grande figura, que foi a Mariza Bertoli, essa pessoa foi diretora do Museu de Arte do Paraná, que realmente escreveu esse livro, um trabalho muito precioso”, ressaltou.

Confira abaixo as pessoas selecionadas para receber moção de aplausos nesta sessão:

1.            ALINE FIGUEIREDO ESPÍNDOLA
2.            ANDERSON ORTIZ
3.            CARLOS ALBERTO OZELAME
4.            CARLOS MARQUES MEDEIROS 
5.            HUMBERTO ESPÍNDOLA
6.            JACOB KLINTOWITZ
7.            MAIKE VANNI
8.            MANOELA CARRACEDO OZELAME
9.            MARIA TERESA CARRIÓN CARRACEDO
10.          MARINALDO CUSTÓDIO
11.          MARIZA BERTOLI (IN MEMORIAN) REPRESENTADA POR 
12.          MURILLO ESPÍNOLA DE OLIVEIRA LIMA/
13.          PROTÁSIO DE MORAES
14.          RAFAEL CARRACEDO OZELAME
15.          RICARDO MIGUEL CARRACEDO OZELAME

Fonte: ALMT – MT

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