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MATO GROSSO

SES cria Sala de Situação para resposta rápida a emergências climáticas e sanitárias

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) instituiu, nesta semana, a Sala de Situação em Saúde, uma estrutura destinada à coordenação de respostas rápidas às emergências climáticas e sanitárias em Mato Grosso.

A medida foi publicada em portaria no Diário Oficial e tem o objetivo de reforçar a gestão de saúde diante de desastres naturais, como incêndios florestais, estiagem, seca, chuvas intensas e enchentes.

A Sala de Situação terá como funções principais o monitoramento da saúde da população, a identificação de riscos e a organização de resposta rápida do sistema de saúde, incluindo a vigilância epidemiológica e o atendimento às vítimas. A estrutura também visa aumentar a capacidade de atuação das equipes de saúde em situações de crise.

A ação será coordenada pela Unidade de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde com a participação de diversas áreas da SES. Entre as atribuições da Sala de Situação estão:

– Elaboração de planos de contingência para situações de desastres naturais;
– Capacitação das equipes de saúde para responder a emergências;
– Monitoramento de doenças associadas à água e alimentação;
– Integração das ações de saúde, garantindo atendimento de urgência e hospitalar adequado.

A secretária adjunta de Atenção e Vigilância em Saúde, Alessandra Moraes, ressaltou que a criação da Sala de Situação é uma medida estratégica para fortalecer o sistema de saúde, especialmente nas regiões mais vulneráveis do Estado, e garantir uma resposta mais eficaz aos desafios das mudanças climáticas.

“Com a criação da Sala de Situação, agora contamos com uma estrutura mais rápida e eficiente para enfrentar as emergências climáticas que têm impactado a nossa população. A articulação entre as diferentes áreas da saúde e a capacitação das equipes são fundamentais para minimizar os danos à saúde pública e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas”, afirmou Alessandra.

A medida, que já entrou em vigor, terá vigência de seis meses e pode ser prorrogada por mais seis meses. Caso as situações emergenciais sejam resolvidas ou mitigadas, o encerramento da Sala de Situação também poderá ocorrer a qualquer momento.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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