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MATO GROSSO

SES capacita profissionais que atuam na saúde mental indígena em MT

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A Secretaria de Estado de Estado (SES-MT), por meio da Escola de Saúde Pública de Mato Grosso (ESP-MT), capacita, entre esta segunda-feira (02.10) e sexta-feira (06.10), cerca de 50 profissionais de saúde que atuam nos Distritos Sanitários Especiais Indígena (DSEI) Cuiabá, Araguaia, Kayapo, Xingu, Xavante e Vilhena.

O curso ocorre das 8h às 17h, no Auditório da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, com objetivo de qualificar as equipes na área de saúde mental para um serviço de qualidade e que atenda as principais necessidades em atenção psicossocial nos DSEIs.

Esta é a segunda etapa de capacitação do grupo; a primeira ocorreu em novembro de 2022 e o terceiro encontro está previsto para 2024. A atividade integra o Programa de Qualificação em Saúde Mental da Escola de Saúde, no eixo 2 do projeto, que foca na saúde mental indígena.

Conforme a diretora da Escola de Saúde, Silvia Tomaz, o curso trabalha a partir da problematização das dificuldades e fragilidades dos DSEIs. Ela explica que as aulas são expositivas, dialogadas e com momentos de discussão em grupos para pensar ações a serem desenvolvidas nos territórios.

“Entendemos a urgência da qualificação das equipes de saúde dos DSEIs porque eles são os primeiros contatos das comunidades indígenas. Então, é necessário que estejam preparados para realizar os atendimentos e encaminhamentos de acordo com cada quadro clínico”, pontua Silvia.

Durante os cinco dias de curso, serão abordados os aspectos antropológicos; a atenção psicossocial; as violências interpessoais no contexto intercultural; o uso excessivo de álcool e outras drogas; as questões relacionadas ao suicídio e a medicalização da população indígena.

Participaram da solenidade de abertura do curso na segunda-feira a secretária de Gestão do Trabalho da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Katia Vanessa Alves, o coordenador Regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) de Cuiabá, Marcio Carlos Vieira, a vice-reitora da UFMT, Rosaline Rocha Lunardi, entre outras autoridades locais.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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