A violência doméstica e familiar contra a mulher e a Lei Maria da Penha foram temas de uma palestra informativa ofertada pelo Poder Judiciário de Mato Grosso aos servidores dos Correios de Várzea Grande, na última sexta-feira (31). A promotora de Justiça Gileade Pereira Souza Maia, da 22ª Promotoria Criminal de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá, participou do evento como convidada. Ela falou sobre os fatores de desigualdade entre gêneros, objetificação da mulher e naturalização de violências por meio de músicas que reforçam o machismo.
Segundo Gileade Maia, a violência doméstica é uma verdadeira chaga em nosso país. “Quando nós vivenciamos experiências como a de hoje, renovamos em nós a crença de que juntos podemos fazer a diferença. O evento de hoje foi muito rico, com mulheres realmente preocupadas em ter um ambiente mais seguro. Acreditamos que essas informações que nós trocamos aqui farão a diferença para fora dos Correios”, avaliou. Ela ainda destacou a participação em rede no evento. “A violência doméstica é multifatorial e isso faz dela um problema muito complexo. É por isso que nós temos a previsão legal de atuar em rede, em ações coordenadas, como a de hoje”, asseverou.
Representando a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), a juíza Tatiane Colombo, da 2ª Vara de Violência Doméstica de Cuiabá, abordou os conceitos, formas de violência e informações importantes para um basta a todo tipo de violência contra a mulher. Para a magistrada, a iniciativa do Judiciário é de fundamental importância para a sociedade. “Levar informações para uma instituição da amplitude dos Correios é agregar no combate a todos os tipos de violência contra a mulher e isso engrandece o nosso trabalho”, disse.
Para a superintendente estadual dos Correios, Vanilce Fátima Barreiro, as informações das palestrantes do Judiciário e do Ministério Público foram esclarecedoras. “As falas da juíza e da promotora trouxeram para muitas de nós um momento de reflexão, porque esse mal que acomete as mulheres atinge todas as camadas, então é muito importante que ele seja discutido”, garantiu.
Cenário – Em 2023 foram registrados seis casos de feminicídios no estado, nos meses de janeiro e fevereiro, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT). Também foram concedidas 1.813 medidas protetivas de urgência, durante o período de janeiro a 06 de março, segundo dados do Sistema Omni do TJMT.
(Com informações do TJMT)
Fotos: Alair Ribeiro | TJMT
Fonte: Ministério Público MT – MT