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BRASIL

Serpente píton é retirada do Parque Nacional da Tijuca, no Rio

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Uma serpente da espécie píton ball (Python regius) foi encontrada e retirada do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, na noite de ontem (8). O animal é exótico, ou seja, não é nativo do Brasil, e havia sido solto na unidade de conservação, na última sexta-feira (3), por engano, por bombeiros. Eles acharam que se tratava da nativa jiboia (Boa constrictor).

A píton foi atacada por um cachorro na Floresta da Tijuca e levada por ele até uma casa. Ao ver que o cão estava junto com a serpente, o dono da residência chamou o Corpo de Bombeiros.

O veterinário Jeferson Rocha Pires, do Centro de Recuperação de Animais Selvagens da Universidade Estácio de Sá, confirmou, através dos padrões de cores e desenhos das escamas da serpente, que se tratava de uma píton que havia sido solta na semana passada.

A serpente não resistiu aos ferimentos causados pelo cachorro e acabou morrendo. Para o biólogo Jorge Antonio Lourenço Pontes, pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), especializado em herpetofauna [répteis e anfíbios], a serpente não poderia ter sido solta na mata sem antes passar pela avaliação de um especialista.

Condições de saúde

O procedimento padrão é encaminhar o animal a um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), que, no Rio, fica no município de Seropédica. O especialista poderia ter feito a identificação correta da espécie. E, caso fosse um animal nativo, um veterinário poderia ter avaliado as condições de saúde antes da soltura.

“O bicho pode estar aparentemente sadio e carregando uma parasitose ou virose gravíssima e de alto contágio”, observou.

Além do risco sanitário, há ainda o risco de a espécie exótica tornar-se invasora, reproduzindo-se no local. Caso a píton encontrasse outra serpente da mesma espécie na floresta, poderia gerar filhotes e colonizar o local.

Algumas fêmeas de espécies de serpente são capazes de fazer partenogênese, ou seja, são capazes de se clonar, reproduzindo sem a necessidade de um parceiro. “Nós, pesquisadores, achávamos que esses animais não são capazes de fazer partenogênese. Hoje, descobrimos que até nossas sucuris geram filhote por partenogênese. Várias espécies de píton já demonstraram essa capacidade”, afirmou Pontes.

Segundo ele, a criação de animais exóticos e a sua soltura na natureza apresentam, portanto, um problema para a biodiversidade local. Na Flórida, nos Estados Unidos, pítons que escaparam do cativeiro se tornaram um problema enorme para a vida selvagem, ameaçando a fauna nativa.

No Brasil, as tartarugas tigre d’água americanas (Trachemys scripta) também se tornaram espécie invasora devido à soltura desses animais em corpos d’água do país. A espécie, agora proibida por aqui, passou a ameaçar espécies locais, como a tigre d’água brasileira (Trachemys dorbigni), de comportamento menos agressivo que a americana, inclusive hibridizando com ela.

“Fauna e flora se mantêm equilibradas porque elas têm uma relação de adaptação. Elas já têm seus predadores, seus alimentos, tudo previsto dentro desse sistema ecológico. Quando você introduz uma espécie exótica você está introduzindo um elemento diferente naquele equilíbrio, o que pode causar alguns transtornos”, explicou a chefe do Parque da Tijuca, Viviane Lasmar.

Desequilíbrio

Segundo a assessoria de imprensa do Parque Nacional da Tijuca, a serpente e o cachorro que a atacou são considerados espécies exóticas, no parque.

Segundo Viviane, os animais domésticos (gatos e cachorros) que vivem nas casas do entorno do parque significam um problema sério, porque muitos deles andam soltos pela floresta.

“Os animais domésticos, gatos e cachorros, também têm potencial grande de causar desequilíbrio. Eles são animais que têm por hábito a caça e podem interferir no equilíbrio ecológico dessa floresta e podem levar doenças para os animais locais”, salientou.

De acordo com a chefe do parque, nesse caso específico, o animal caçado foi uma serpente invasora, mas são muitos os casos de predação da fauna silvestre por gatos e cachorros.

Além de tentar conscientizar os moradores do local para que não deixem seus animais soltos, Viviane ressaltou que não é permitido para os visitantes entrar no parque com seus bichos domésticos.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Geral

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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