A crise interna na regional do Distrito Federal do Partido da Social Democracia Brasileira ( PSDB-DF ) ganhou novos desdobramentos após Sérgio Ferreira , mais conhecido como Sérgio Izalci, atual presidente regional do partido, responder às críticas da direção nacional da legenda após o GPS|Brasíliaescancarar as diferenças dentro do ninho tucano.
Em um novo vídeo divulgado na noite de quinta-feira (22), Sérgio defendeu a legitimidade de sua eleição e acusou os líderes nacionais de agirem de forma antidemocrática ao considerar um pedido de intervenção no diretório distrital.
Sérgio Izalci, que assumiu o comando do PSDB-DF após a desfiliação de seu pai, o senador Izalci Lucas – o qual migrou para o Partido Liberal (PL) -, rechaçou as críticas da direção nacional, que questionou sua postura à frente da legenda.
“Pedir a intervenção de um diretório eleito democraticamente pela maioria dos filiados é um ato antidemocrático”, afirmou.
A polêmica começou com a saída do senador Izalci Lucas do PSDB para o PL, o que gerou tensões internas. A direção nacional do PSDB acusou Izalci de “infidelidade” e questionou sua conduta após anos de liderança no partido tucano. O comunicado nacional, além de reforçar o uso do fundo eleitoral tucano por Izalci nas últimas campanhas, também levantou suspeitas sobre a continuidade da influência do senador na legenda, agora sob a presidência do próprio filho.
“A nota cita o senador Izalci, mas quem é o presidente eleito aqui no Distrito Federal? Sou eu, Sérgio Fernandes Ferreira. O Izalci é o Izalci. Eu sou o Sérgio e eu tenho o direito a ter as minhas convicções como cidadão, eu tenho o direito a construir o meu caminho, construir a minha trajetória e é isso que eu estou fazendo e é isso que eu vou continuar fazendo”, continua.
No entanto, Sérgio Izalci defendeu a própria posição como líder eleito do PSDB-DF, quando destacou o compromisso com a democracia interna do partido. Anteriormente, ele chegou a comparar a situação atual do PSDB-DF à política venezuelana, afirmando que “não temos no PSDB um Nicolás Maduro, um ditador, para resolver as coisas no partido com uma canetada”. No novo vídeo, ele mantém a crítica sobre a nota divulgada pelo diretório nacional.
“Ela cita as minhas atitudes relacionadas a falas de atos antidemocráticos e eu continuo reafirmando que pedir a intervenção de um diretório eleito democraticamente pela maioria dos filiados é um ato antidemocrático, então esses cinco filiados do Distrito Federal que estão pedindo a intervenção do diretório, para mim, estão ocorrendo em um ato antidemocrático
O presidente regional reforçou que qualquer tentativa de intervenção seria uma afronta aos princípios democráticos do PSDB. “Nós não aceitaremos qualquer tipo de gesto autoritário, antidemocrático, contra os nossos filiados do PSDB do Distrito Federal”, declarou.
“Protocolamos a nossa defesa no diretório nacional, nosso presidente do partido, Marconi Perillo, ao qual eu tenho respeito, é um grande defensor da democracia e nós temos convicção de que esse pedido de intervenção não será acatado pela nacional”, reforçou Sérgio.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.