Connect with us

Política Nacional

Senado pede documentos para investigar venda de refinaria da Petrobras

Publicado

em

Omar Aziz (PSD-AM) preside a Comissão de Transparência e Fiscalização no Senado
Pedro França/Agência Senado

Omar Aziz (PSD-AM) preside a Comissão de Transparência e Fiscalização no Senado

A Comissão de Transparência e Fiscalização do Senado entrou nesta terça-feira (14) com um pedido para ter acesso a documentos e dados da venda da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, para o grupo de investimentos Mubadala Capital. A intenção é investigar a relação entre a venda do ativo da Petrobras e os presentes em joias dados pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os requerimentos foram enviados aos ministérios de Relações Exteriores e Minas e Energia, além de um ofício ter sido enviado para a Petrobras. A comissão quer detalhes sobre as negociações com o fundo de investimento e informações sobre as viagens internacionais do ex-ministro Bento Albuquerque.

Os três pedidos foram assinados pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM). Para o parlamentar, há indícios de “operação cruzada”.

“A gente quer saber é quem foi que deu essa joia para ele, se foi realmente a Arábia Saudita. O embaixador da Arábia Saudita tem que falar se é ou não presente da Arábia Saudita e para quem é. Caso não seja, que seja devolvido. O Brasil não tem que ficar com isso, não. Isso é fruto de fortes indícios de propina. O que temos que investigar é se a refinaria foi realmente vendida pelo preço correto”, disse.

Embora a Mubadala Capital seja uma empresa de investimentos dos Emirados Árabes Unidos, os senadores acreditam que a negociação pode ter tido interferência do governo da Arábia Saudita. A teoria também será investigada pela Polícia Federal.

Caso das joias

O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e um assessor tentaram entrar no Brasil com R$ 16,9 milhões em joias doadas pelo governo da Arábia Saudita em 2021. Desses, um estojo, avaliado em R$ 16,5 milhões, foi apreendido pela Receita Federal.

As joias, segundo Albuquerque, seriam destinadas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O ex-ministro chegou a tentar a liberação dos bens ainda no dia, mas não obteve sucesso.

Em pouco mais de um ano, o governo tentou a liberação das joias no Aeroporto de Guarulhos e acionou o ex-chefe da Receita, Júlio Cezar Vieira Gomes, para autorizar a entrega dos bens. O auditor responsável pela fiscalização, porém, manteve o bloqueio.

O governo, então, tentou justificar que os bens seriam incorporados à União como presente de Estado. A ideia caiu por terra após a falta de documentações necessárias para o registro das joias no Palácio do Planalto.

Na última tentativa de retirada das joias, há poucos dias do fim do mandato bolsonarista, um funcionário da Marinha foi enviado ao Aeroporto de Guarulhos com um avião da FAB para pressionar o delegado da Receita a liberar os bens. Ele, inclusive, teria acionado Gomes e outros dois ministros para conseguir retirar os materiais.

Um segundo estojo, avaliado em R$ 400 mil, foi incorporado nos bens pessoais de Bolsonaro. O próprio ex-presidente informou não haver legalidade na incorporação das joias.

Fonte: IG Política

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

Publicado

em

Por

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora