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Política Nacional

Senado define composição das comissões permanentes

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O Senado Federal elegeu, nesta quarta-feira (8), os indicados pelas lideranças dos blocos partidários para assumir a presidência e a vice-presidência das comissões permanentes da Casa para o biênio 2023-24. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), considerada a mais importante da Casa, será ocupada pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Com o novo desenho do Senado, PSD e MDB ficaram com 3 comissões: Assuntos Econômicos (CAE); Educação, Cultura e Esporte (CE) e Meio Ambiente (CMA) estarão sob o comando do PSD. Já o MDB conduzirá os trabalhos da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).

O PT vai comandar as Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e Direitos Humanos (CDH). União Brasil também terá 2 comissões: Comissão de Agricultura (CRA) e Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Podemos, PDT e PSB terão uma comissão cada e ainda falta definir a liderança da Comissão Senado do Futuro (CSF).

Presidência e vice-presidência

Os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Mara Gabrilli (PSD-SP) foram eleitos presidente e vice-presidenta da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Paulo Paim (PT-RS) e Zenaide Maia (PSD-RN), presidente e vice-presidenta, respectivamente, estarão a frente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Os senadores Flavio Arns (PSB-PR) e Cid Gomes (PDT-CE) serão os próximos presidente e vice-presidente da Comissão de Educação (CE). A ex-jogadora de vôlei Leila Barros (PDT-DF) e Fabiano Contarato (PT-ES) estarão na presidência da Comissão de Meio Ambiente (CMA), na posição de presidência e vice, respectivamente. A Comissão de Infraestruturas (CI) será de responsabilidade do senador Confúcio Moura (MDB-RO).

O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) foi eleito presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Por sua vez, a Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) será presidida por Omar Aziz (PSD-AM).

Renan Calheiros (MDB-AL) foi eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). Na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCT) o senador Carlos Viana (Podemos-MG) estará à frente dos trabalhos. Os senadores Marcelo Castro (MDB-PI) e Cid Gomes (PDT-CE) vão comandar a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).

Sérgio Petecão (PSD-AC) e Jorge Kajuru (PSB-GO) serão os próximos presidente e vice-presidente da Comissão de Segurança Pública (CSP). A senadora Soraya Thronicke (União-MS) vai presidir a Comissão de Agricultura (CRA).

Edição: Marcelo Brandão

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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