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MATO GROSSO

Sema resgata oito jacarés de piscinas em uma pousada desativada na Transpantaneira

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A equipe multidisciplinar especializada da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) que atua na estrada Parque Transpantaneira realizou o resgate e soltura de oito jacarés que estavam em duas piscinas de uma pousada desativada. Os animais aproveitaram a poça d’água, mas corriam o risco de morrer por estarem há dias sem alimento.

Liderada por um servidor da Sema, dois veterinários e um biólogo, que estudaram toda estratégia de como iriam retirar os animais das piscinas devido a poça d´água suja e sem visibilidade, a equipe usou um cambão, cordas e a adaptou troncos de madeira. A ação aconteceu na última quarta-feira (31.07).

O gerente de Fauna Silvestre da Sema, Waldo Troy, explica que além da logística para o resgate, a equipe ainda tem que lidar com a força do animal. “Sem técnica, esse trabalho seria impossível. Todo ambiente foi analisado. O cambão fez a diferença por precisar imobilizar cada jacaré. Os adultos deram mais trabalho devido ao tamanho e peso, sendo necessário içar e puxar”, reforça ele.


Foto: Karla Silva

Waldo explica que o segundo passo foi imobilizá-los e depois, vendar os olhos, para ficarem menos agressivos. “O trabalho é uma situação de estresse é preciso deixar o animal seguro. O jacaré tem muita força no rabo que pode até derrubar uma pessoa e, se isso ocorrer, compromete toda operação de resgate e coloca nossa vida em risco”.

Os jacarés foram soltos em uma lagoa no espaço da Ampara Silvestre, na Transpantaneira, de onde serão monitorados. A médica veterinária Caroline Machado observou que um dos filhotes estava magro e sem energia. “Aplicamos um complexo vitamínico e vamos observar sua evolução”.

Auxiliaram nesta operação, o coordenador de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Eder Toledo, e o gerente da estrada Parque Transpantaneira, Paulo Abranches.

Será necessário mais uma operação no local para retirar os animais que ficaram no local. Devido à falta de visibilidade não foi possível precisar quantos seriam. Foi solicitado ao responsável do espaço a retirada da água das piscinas via bomba para facilitar o trabalho.


Foto: Karla Silva

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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