O retorno da seleção brasileira masculina de basquete aos Jogos Olímpicos, em Paris-2024, após oito anos, poderia ter um desfecho melhor. Os comandados por Alexandar Petrovic começaram muito bem diante da anfitriã França, chegaram a abrir 12 pontos de vantagem, mas não sustentaram, levando a virada, por 78 a 66, no Ginásio Pierre-Mauroy, em Lille.
Depois de começo irregular, o gigante Wembanyama, de apenas 20 anos e 2m22, melhorou, mostrou enorme vantagem sobre a marcação brasileira e conduziu os franceses ao triunfo com 19 pontos, muitos em impressionantes enterradas, e oito rebotes, garantindo a festa da torcida – vários jovens vestiam a camisa do jogador do San Antonio Spurs com seu nome às costas. Os cestinhas do lado verde e amarelo foram Cristiano Felício e Leo Meindl, ambos com 14.
O Brasil faz seu segundo jogo na Olimpíada na terça-feira (30), também no Pierre-Mauroy, diante da campeã mundial Alemanha, que estreou com grande vitória sobre o Japão, também neste sábado, por 97 a 77. O ala-pivô Franz Wagner foi o cestinha da partida, com 22 pontos. Para o próximo duelo, Raulzinho já estará à disposição.
O Brasil sabia, contudo, que teria de fazer uma apresentação sem erros diante de uma seleção forte defensivamente e com as estrelas Rudy Gobert e o gigante Victor Wembanyama em grande fase na carreira. Fournier era outro nome para se ter atenção. A ideia era trocar pontos no começo do jogo, mesmo com o forte apoio da torcida que lotou o Ginásio Pierre-Mauroy, em Lille.
Com os mesmos jogadores do Pré-Olímpico, o Brasil entrou em quadra com Marcelinho Huertas, Léo Meindl, Georginho, Bruno Caboclo e Lucas Dias. Wembanyama ganhou na bola ao alto, mas logo depois errou o primeiro arremesso. Os quatro primeiros pontos do jogo foram do experiente Huertas, em sua terceira olimpíada. Meindl também estava com a mão certeira, acertando logo duas de três e vantagem de 10 a 4.
O jogo passou por um momento feio, com as seleções exagerando nos erros, até em enterrada. E o Brasil ganhou uma primeira preocupação com a terceira falta de Lucas Dias em pouco tempo de primeiro quarto. Gui Santos ampliou a vantagem nacional para 15 a 7 na terceira bola de três dos comandados de Petrovic. Fechou o quarto com 23 a 15.
O forte jogo coletivo brasileiro, bem nas trocas de passes e também na defesa, permaneceu no começo do segundo quarto. Georginho ampliou a vantagem para 27 a 15 e obrigou o irritado técnico francês a parar o jogo. O pedido de tempo acabou sendo vital para os franceses, que voltaram com corrida de 11 a 0, encostando com 27 a 26 e inflamando o ginásio.
Léo Meindl, em nova bola de três, acabou com a série de mais de 4 minutos sem pontos do Brasil. Contudo, o crescimento de Wembanyama começou a dificultar as ações brasileiras e recolocou os franceses no jogo. O pivô cravava no ataque e ainda dava bons bloqueios atrás. Em novo enterrada tranquila, chegou a 12 pontos e empatou a partida. A França assumiu a liderança pela primeira vez no fim do quarto, com bola de três e 37 a 34. Foi com 39 a 36 ao intervalo.
Levar a virada no fim do primeiro tempo se tornou um teste para o emocional brasileiro. Apesar de não deixar a França se impor na partida, a seleção cometeu muitos erros no segundo quarto e, com seus pivôs, Caboclo e Lucas Dias, pendurados em falta, tinha de achar uma maneira de parar Wembanyama. A França largou o terceiro quarto logo abrindo seis de vantagem.
Totalmente perdida, a seleção esbarrava em seguidos tocos dos franceses e já não repetia a competitividade do começo. Após “tabelinha” e enterrada de Gobert, Petrovic teve de parar o jogo com a maior desvantagem verde e amarela no jogo, com 50 a 41. Os franceses fecharam a parcial com 12 pontos de vantagem.
O Brasil precisava repetir nos 10 minutos finais o que os europeus fizeram na segunda parcial, quando reverteram desvantagem de 12 pontos para ir ao descanso na frente. Ocorre que o ataque caiu bastante de produção. As bolas de três seriam a saída. Huertas reduziu o placar para 62 a 56. A diferença ainda caiu para quatro, até Benite errar arremesso de três. O castigo veio com cinco pontos seguidos da França e novamente placar cômodo, com 59 a 48. Restando menos de cinco minutos, o Brasil não conseguiu mais reagir e acabou caindo com 78 a 66.
Fim de jogo em uma partida dura contra os donos da casa.
Com muita garra, disputamos até o fim, mas infelizmente perdemos para a França.
Agora é foco na próxima partida, contra a Alemanha, em busca da classificação para as quartas de final! pic.twitter.com/txCm6o4yGS
— Basquete Brasil – CBB (@basquetebrasil) July 27, 2024
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.