Os comitês disciplinar e de apelação da Fifa puniram a seleção feminina do Canadá com a perda de seis pontos nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, além de suspender por um ano a técnica Bev Priestman de quaisquer atividades relacionadas ao futebol. A decisão foi tomada após denúncia do Comitê Olímpico da Nova Zelândia, que reclamou da presença de um drone espião em treino de sua seleção.
O analista Joseph Lombardi, que operou o aparelho, e a assistente técnica Jasmine Mander também foram suspensos por um ano. Ainda cabe recurso na CAS (Corte Arbitral do Esporte). Assim, mesmo após derrotar a equipe da Oceania por 2 x 1, na estreia dos Jogos Olímpicos, o Canadá entrará em campo contra a anfitriã França, neste domingo (27), devendo três pontos na tabela de classificação. A punição complica a situação das canadenses, atuais campeãs olímpicas e algozes do Brasil nos Jogos de Tóquio
“Após ter avaliado todas as provas, o Comitê de Apelação da Fifa emitiu as sanções por violação do artigo 13 do Código Disciplinar da Fifa (comportamento ofensivo e violações dos princípios do fair play)” , comunicou a entidade. A Federação Canadense de Futebol também foi multada em 200 mil francos suíços (cerca de R$ 1,2 milhão). “A Federação Canadense de Futebol foi considerada responsável por não respeitar os regulamentos da FIFA e por não garantir o cumprimento dos seus funcionários em relação à proibição de voar drones sobre quaisquer locais de treinamento” , relatou a Fifa, em comunicado.
O Comitê Olímpico do Canadá pediu desculpas pelo episódio, anunciou que fará uma investigação para apurar o uso sistemático de drones para espionagem e afastou os três funcionários envolvidos. Agora, o auxiliar técnico Andy Spence comanda a seleção feminina de futebol nesta Olimpíada.