A Secretaria de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) publicou, nesta quinta-feira (19.12), o edital para seleção dos 100 estudantes da rede pública estadual que participarão da 3ª edição do Programa de Intercâmbio MT no Mundo, que ocorrerá em 2025, com todas as despesas pagas pelo Governo do Estado.
Com duração de três semanas em um país de língua inglesa, o programa começou em 2023 e, com essa nova edição, chega a um investimento de mais de R$ 16 milhões. O programa faz parte da Política Educacional de Línguas Estrangeiras da Seduc, uma das 30 políticas que compõem o Plano Educação 10 Anos, que busca posicionar a rede estadual entre as cinco mais bem avaliadas do país até 2032.
O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, observa que todos os estudantes que estiveram regularmente matriculados no 9º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do ensino médio no ano letivo de 2024 e que tenham sido regularmente matriculados no ano letivo de 2025 estão automaticamente inscritos e concorrerão às vagas para o programa.
“O sucesso da edição anterior e o aprimoramento do programa neste ano geram expectativas ainda mais otimistas para o futuro. A continuidade desse intercâmbio enriquecerá ainda mais a formação dos jovens estudantes e dos professores que participam do programa”, destaca o secretário.
Para o grupo 1 serão selecionados 64 estudantes, obedecendo a disponibilidade de vagas por Diretoria Regional de Educação (DRE) da qual o estudante fez parte no ano letivo de 2024, conforme o Anexo II do edital.
Já no grupo 2, serão selecionados os 36 primeiros colocados na avaliação de saída de 2024, com a nota calculada em TRI (proficiência), obedecendo a disponibilidade de vagas por DRE. A nota será composta pela somatória do Sistema Estruturado de Ensino e da Plataforma Letrus.
Além do curso de General English com 30 aulas semanais de 40 minutos cada e material didático, terão teste de nivelamento de entrada e de saída, certificado de conclusão, cartão de transporte público no país estrangeiro de destino no trajeto da acomodação à escola.
O Estado também irá custear todas as despesas com a preparação, emissão de documentos, viagem, translado, hospedagem, alimentação, chip de celular com acesso à internet, cartão de transporte público no país estrangeiro, entre outros.
“Os estudantes que se enquadram no perfil do Intercâmbio MT no Mundo devem ler o edital na sua totalidade e ficar atentos aos prazos de todas as etapas”, orienta Juliana Taborelli, líder da Política de Línguas Estrangeiras da Seduc.
Estudantes da Escola Técnica Estadual (ETEC) de Campo Verde desenvolveram um tijolo feito à base de resíduos de algodão, que pode reduzir a temperatura dos ambientes e valor das obras, além de ajudar o meio ambiente. O projeto foi elaborado no curso Técnico em Têxtil da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci).
Chamado de “EcoTijolo”, o projeto teve início com a coleta dos resíduos sólidos gerados no beneficiamento do algodão, uma das principais culturas agrícolas de Campo Verde. Foram usados caroços, fibras residuais e partículas, que foram então secados ao sol para remoção de umidade e triturados.
De acordo com os alunos, o uso dos resíduos (fibrilha) reduz o custo de produção, o que deixa o produto mais atrativo economicamente. Posteriormente, o material foi misturado com proporções específicas de areia e cimento, passando depois por testes laboratoriais que comprovaram uma resistência similar a dos tijolos convencionais.
Participaram do trabalho os estudantes: Evandro Carlos Almeida de Aguiar, João Gabriel de Oliveira Mello, João Kelwin Nunes Pereira, Karllos Henrik de Azevedo Alves e Victor Gabriel dos Santos.
A orientadora do projeto, Manoela Lara Dias, afirma que esse é mais do que um exemplo de inovação tecnológica. Segundo ela, é uma solução prática que une o setor agrícola, educacional e social em prol de um futuro mais sustentável e inclusivo.
“Ideias como essa colocam a Escola Técnica de Campo Verde como referência em sustentabilidade, enquanto transforma os resíduos em possibilidades”, avalia a professora.
Manoela também destacou o potencial do projeto em fortalecer laços entre a Escola Técnica e a comunidade.
“A utilização de EcoTijolos em obras locais, como escolas, centros comunitários e residências, reforça o impacto social do projeto. Os alunos envolvidos ganharam novas habilidades práticas e uma visão empreendedora, formando uma geração de profissionais comprometidos com soluções criativas e sustentáveis para os desafios atuais”.
Os resultados da fabricação do Ecotijolo com resíduos de algodão demonstraram alta viabilidade técnica e ambiental. Isso porque, além de reduzir o desperdício gerado pela cultura do algodão, contribui para a preservação ambiental ao minimizar a extração de recursos naturais e a emissão de carbono. Também alia economia circular e eficiência energética, promovendo construções mais ecológicas e acessíveis. Chama atenção ainda o fato desse tipo de material deixar as construções mais frescas.
O estudante Evandro Carlos ressalta que o apoio da escola foi importante para o desenvolvimento do projeto, principalmente por parte da professora orientadora. Cita ainda que o desenvolvimento do trabalho contribui com o processo de aprendizagem.
A Seciteci conta atualmente com 15 escolas técnicas. Em 2025, serão 17 unidades ofertando cursos vocacionados para demandas de cada região de Mato Grosso, como Agronegócio, Agricultura, Enfermagem, Meio Ambiente, Saúde Bucal, entre outros.