O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, recebeu nesta quinta-feira (09.06), a visita de integrantes do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR). O objetivo foi a discussão e o fortalecimento das ações de combate aos crimes transfronteiriços, com foco no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), do Governo Federal.
Durante a reunião, o secretário de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional do GSI, brigadeiro do ar Max Cintra Moreira, apresentou o funcionamento do PPIF nos estados, que atua com a prevenção, controle, fiscalização e repressão aos crimes nas regiões de fronteiras. Segundo o militar, a ideia é manter o diálogo com os estados, levando em consideração as peculiaridades de cada região, como é o caso da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia.
“Nossa ideia é nos reunir com os estados, conhecer suas realidades e escutar, de cada um, como podemos ajudar dentro daquilo que o PPIF institui como política de fronteira”, destacou o secretário do GSI.
Já o secretário Alexandre Bustamante apresentou à comitiva parte da atuação das forças de segurança na região de fronteira, com ênfase na atuação do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), que é destaque nacional em assuntos de policiamento de fronteira.
“Aqui em Mato Grosso, nós defendemos o modelo de integração entre as instituições. O Gefron atua nos mais de 900 quilômetros de fronteira com a Bolívia, mas sua atuação é integrada com as polícias Militar, Civil, Federal e, com isso, temos obtido êxito nas ações”, destacou Bustamante.
O coordenador do Gefron, tenente-coronel PM Fábio Ricas, apresentou a unidade, que já completou 20 anos de existência, sendo composta por 142 servidores, entre policiais militares, civis, penais e bombeiros. A atuação do grupo é feita por meio de patrulhamento volante, fluvial e a chamada patrulha de interdição – voltada para locais de difícil acesso na fronteira. O grupo também possui os postos de fiscalização e atua por meio da atividade de inteligência.
“Nossas maiores dificuldades são com relação à carência de infraestrutura na região, principalmente boliviana, o que torna as atividades criminosas extremamente lucrativas. Além disso, os criminosos conseguem abrir inúmeras estradas clandestinas e o desafio do Gefron é justamente coibir o avanço da criminalidade nessa região”, pontuou Ricas.
Nesta sexta-feira (10.06), a comitiva segue para a região de fronteira para conhecer in loco as instalações do Gefron e sobrevoar a região. Também participaram da visita o comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, general Fabio Serva de Carvalho Lima; integrantes da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Seopi/MJSP); da Agência Brasileira de Inteligência; e das forças de segurança estaduais.