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MATO GROSSO

Secel viabiliza capacitação a agentes culturais e concurso de fotografia para pessoas com deficiência

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O primeiro edital Viver Cultura promovido pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) continua viabilizando experiências culturais à população de Mato Grosso. Dentre as os variados segmentos atendidos estão as ações formativas e de inclusão, como os projetos de Educação Patrimonial com crianças e o Concurso de Fotografias para Pessoas com Deficiência. Saiba mais sobre essas iniciativas.

O projeto “Educação Patrimonial com crianças” é realizado pela Casa Silva Freire, por meio de seu Núcleo Cultura, Crianças e Infâncias. Selecionado na categoria “Cultura da Infância” do edital da Secel, a iniciativa é voltada para a formação de agentes culturais e tem como tema central a reflexão sobre a relação das crianças com o patrimônio material e imaterial de Cuiabá.

Por meio da perspectiva participativa, as atividades visam enriquecer o debate sobre o desenvolvimento infantil como processo cultural, articulado aos estudos sobre memória social e produção de identidades sociais.

“É um projeto que vai propiciar que se amplie a adesão de agentes culturais a perspectiva da participação das crianças nas vivências em educação patrimonial de modo a autorizar processos criativos”, aponta Larissa Freire Spinelli, diretora-geral da Casa Silva Freire.

Com encontros presenciais na Casa Silva Freire, aos sábados pela manhã, a programação de atividades teve início no dia 4 de novembro, seguiu neste sábado (11) e continua nos dias 25 de novembro e 2 de dezembro. Além da formação para os agentes culturais, no encerramento do projeto haverá a participação das crianças. Os resultados das vivências serão exibidos em uma exposição.

Já o concurso de fotografias “Impulso: fotografia que inspira, inclusão que transforma” tem o objetivo de promover e destacar o talento de fotógrafos com deficiência que residam em Mato Grosso. As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 15 de dezembro.

De acordo com o idealizador e diretor geral do projeto, Lu Oliari, o concurso é democrático e direcionado para fotógrafos profissionais e amadores.

“Poder estimular a expressão artística e a inclusão por meio da fotografia foi uma das principais motivações para criação desse projeto. Queremos que as fotografias, que podem ser realizadas por celular ou câmera fotográfica, expressem a visão, a criatividade e o talento das pessoas com deficiência”, explica.

Cada participante pode enviar até 10 fotografias de sua autoria, com tema livre, ao e-mail projetoimpulsomt@gmail.com. Serão concedidas premiações em dinheiro aos autores das três melhores fotografias, sendo R$ 2,5 mil para o primeiro lugar, R$ 2 mil para o segundo e R$ 1,5 mil para o terceiro colocado.

Além da premiação, serão selecionadas 20 fotografias que participarão de uma exposição presencial e online. A avaliação será feita por um júri técnico. Mais informações podem ser obtidas no site www.projetoimpulso.46graus.com ou pelo telefone (65) 9 8405 9683.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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