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MATO GROSSO

Secel promove exposição de artes e vivência sobre ervas medicinais em Cuiabá

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A exposição de esculturas de cerâmica “Totem ou humano?” será aberta ao público nesta sexta-feira (07.06), às 18h, na Casa Cuiabana. Outra ação cultural deste fim de semana é a vivência sobre o poder curativo das plantas “Folhas de Axé”, no Centro Cultural Casa das Pretas. Os eventos são viabilizados via Edital Viver Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), e ambos têm entrada gratuita ao público.

“Totem ou humano?”, de Divanize Carbonieri, reúne peças de cerâmica moldadas de forma rústica e queimadas em baixa temperatura. As obras mesclam elementos de arqueologia e arte para apresentar a ancestralidade dos povos por meio de esculturas de sociedades pré-históricas.

Após a abertura, nesta noite, a mostra poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h, na Casa Cuiabana. A exposição ficará no espaço cultural até 25 de junho.

Também neste fim de semana ocorre a vivência “Folhas de Axé”, cuja proposta é proporcionar a troca de conhecimentos sobre ervas medicinais. O evento contará com participação de representantes indígena e de povos tradicionais que, culturalmente, repassam esses saberes entre gerações. O encontro será no Centro Cultural Casa das Pretas, em Cuiabá, e começa nesta sexta-feira (07), às 19h.

O projeto é retomado amanhã (08), a partir das 8h30, e segue até 17h. A programação inclui roda de conversas e vivências sobre o benzer, banhos, chás e as plantas e raízes consideradas medicinais. As inscrições para a ação estão abertas e podem ser feitas pela internet.

A idealizadora do projeto, Jackeline Silva, lembra que a manipulação de plantas compõe um complexo conjunto de saberes e práticas comuns nos territórios rurais, nos quilombos, nas aldeias, terreiros e outras comunidades. Dessa forma, ela acredita que a vivência contribui para a preservação do patrimônio imaterial relativo ao tema do projeto.

“Precisamos reconhecer e valorizar as tecnologias ancestrais e possibilitar que esse legado alcance mais pessoas. O projeto é uma oportunidade de sensibilizar para valorização do conhecimento dito popular, valorizar a relação das pessoas com a natureza, o território, o sagrado e suas conexões”, comenta.

Serviço
Totem ou Humano?

Exposição de esculturas em formato pré-histórico
Abertura: Sexta-feira (07.06), às 18h
Visitação até 25 de junho (de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h)
Centro Cultural Casa Cuiabana – Rua General Vale, 181, bairro Bandeirantes – Cuiabá/MT
Instagram @centroculturalcasacuiabana

Vivência Folhas de Axé
Intercâmbio de saberes sobre plantas e autocuidado
Sexta (07.06), às 19h
Sábado (08.06), das 9h30 às 17h30
Centro Cultural Casa das Pretas – Rua Pedro Celestino nº 25, Praça da Mandioca, Centro Norte, Cuiabá-MT
Inscrições: https://forms.gle/K3mkb1LzTtjsu1kb8
Programação e mais informações no Instagram @casadaspretasmt

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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