O inverno brasiliense chegou e com ele veio a seca, que traz desafios não apenas para a população, mas também para nossos companheiros de quatro patas. Neste período, os pets estão mais propensos a problemas respiratórios, dermatológicos e oculares. Para garantir a saúde e o bem-estar dos animais de estimação, é fundamental adotar cuidados específicos.
Segundo Mário Falcão , especialista em oftalmologia veterinária de pequenos animais, é crucial manter a hidratação da pele dos pets, evitar locais quentes e sem ventilação, fornecer água fresca regularmente e usar colírios lubrificantes para os olhos e umidificadores para as vias respiratórias.
“Assim como os humanos, os pets também devem evitar exercícios e exposição prolongada ao sol”, destaca o especialista que atua em Brasília.
Para garantir uma boa hidratação, Falcão recomenda oferecer água em diferentes pontos da casa, adicionar caldos de carne ou frango para torná-la mais atrativa, colocar cubos de gelo na água e utilizar fontes de água para estimular o consumo, especialmente para os gatos, que têm preferência por água fresca e corrente.
O especialista também sugere o fornecimento de frutas com alto teor de água, como melancia gelada ou melão, além de rações úmidas.
“Durante a seca, é preciso ter cuidado redobrado com os pets, principalmente com a desidratação, desmaios, síncopes e o aumento da temperatura corporal, que podem levar à morte do animal”, alerta.
Em relação às doenças mais comuns nesta época do ano, Falcão destaca gripes, resfriados e dermatites alérgicas. Ele menciona também problemas oculares recorrentes.
Segundo o especialista, os cães são mais suscetíveis à conjuntivite alérgica, causada pelo excesso de poeira, e à síndrome do olho seco, que pode ocorrer por fatores quantitativos e/ou qualitativos.
“Ambas as condições aumentam o risco de lesões oculares graves, como úlceras de córnea, que podem levar à cegueira se não forem tratadas adequadamente”, explica.
Em caso de qualquer sintoma diferente ou mais recorrente, a orientação é buscar um especialista devidamente credenciado junto ao Conselho Regional de Medicina Veterinária.
“É fundamental estar atento aos sinais, como olhos vermelhos, irritados, secreção excessiva e coceira constante”, conclui o especialista.