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MATO GROSSO

Sarau reúne magistrados e convidados em homenagem a Cora Coralina na Escola da Magistratura

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Na tarde de sexta-feira (20 de outubro), a Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT) realizou a 2ª edição do ‘Sarau Prosa, Poesia e Justiça’, dessa vez com uma homenagem à poetisa Cora Coralina. O evento foi realizado na sede da Esmagis e contou com a participação de desembargadores, juízes, servidores, convidados e de seus familiares, que se reuniram para um momento de cultura e lazer, com atrações artísticas diversificadas e exposições de obras literárias e artísticas.
 
A abertura foi feita pela diretora-geral da Esmagis-MT, desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, que destacou que a Escola prioriza não só o saber jurídico, mas também todas as formas de saber. “Pensamos em fazer um sarau em que a gente pudesse falar da palavra de modo geral, então, aqui a gente expõe livros e poesia, porque também são questões ligadas aos magistrados. Muitos magistrados escrevem e declamam. Então, aqui a gente expõe um pouquinho da arte e da cultura de cada magistrado. Nós incluímos também os quadros daqueles que têm o dom da pintura, para que também possam expor aqui para os outros colegas”, explicou.
 
Segundo ela, o sarau representa um momento de confraternização e de se reunir os colegas, com muito mais leveza. “O primeiro encontro foi um momento muito gostoso e deixou em todos nós a vontade de nos reunirmos sempre! Então, esse novo sarau foi pensado como uma oportunidade de nos reencontrarmos, para contemplarmos poesias e arte, e conhecermos obras literárias de nossos colegas magistrados. Como uma instituição voltada à produção de saberes pedagógicos e científicos, a Esmagis tem a competência de estimular a pesquisa e a escrita. É nossa atribuição contribuir com a divulgação dessas publicações, até mesmo como forma de reconhecer o empenho dos autores que se dedicam a essa nobre atividade”, pontuou.
 
Neto de Cora, Rubio Magno Tahan Filho veio de São Paulo para prestigiar o evento. Na ocasião, declamou duas poesias, sendo uma inédita. “Vou declamar uma poesia que fala muito da poetisa Cora Coralina, da mulher Cora Coralina. A poetisa todo mundo conhece, então eu vou falar muito da mulher Cora Coralina.” Sobre a importância da poesia para a sociedade, Rubio salientou que ela é importante especialmente para os jovens e crianças. “A Cora sempre trabalhou com os jovens, ela tem uma poesia que fala dos jovens, então é uma coisa que ela mostra muito. Eu vejo dessa forma, que o jovem é o futuro do mundo.”
 
Em relação à homenagem, afirmou ser “sensacional”. “É uma coisa que eu sempre falo, eu acho que qualquer homenagem que é feita à Cora é importante, e eu sempre friso esse lado da mulher, o lado feminino. Quando me falaram sobre isso, na hora eu me coloquei à disposição, porque é uma coisa muito boa, porque eu estou vendo que aqui tem alguns jovens, e são eles que vão trazer o mundo novo”, asseverou.
 
Prestigiando o evento pela primeira vez, a juíza Ester Belém Nunes, que expôs algumas telas que pinta no sarau, elogiou a iniciativa. “Sou juíza magistrada em Mato Grosso há 28 anos. Eu já presenciei vários eventos culturais e sempre incentivei a questão dos juízes artistas. São juízes que às vezes cantam, que tocam, que pintam, que escrevem. Então, é muito bonito você ver uma desembargadora valorizar o trabalho. Então, graças a Deus, eu até me orgulho de ter uma parte artística. Porque eu canto, eu tenho CD gravado, eu pinto as minhas telas, eu sou pianista, eu escrevo também um pouco. Eu tenho essa parte além da magistratura, e, para mim, é uma forma de terapia”, assinalou.
 
A magistrada elogiou a iniciativa da Esmagis-MT em valorizar o lado artístico dos magistrados. “Eu conheço juízes que são pianistas, que escrevem poesias, que cantam, e às vezes não são reconhecidos. Então, essa abertura dela, das pessoas virem, dos juízes virem e se acharem assim à vontade, eu achei isso superinteressante. A partir do momento em que você está dentro da sua casa, que é o Judiciário, e você tem essa abertura aqui, é muito bom, porque a gente vai se sentindo em casa, para expor, para falar dos livros. Foi gratificante.” Ela também promoveu a exposição de tela Flores e Pássaros.
 
Maria de Lourdes Seba Roder, uma das convidadas que prestigiou o evento, trouxe um livro que adquiriu diretamente das mãos de Cora Coralina, há décadas. “Ah, é um sentimento muito bom, porque faz parte da minha vida, é memória. São 40 anos. Tem 40 anos que aconteceu isso aqui. Inclusive, eu fui organizar meus livros, procurar, porque estava guardado. Mas agora faz parte da minha vida, no fundo, ela faz parte da minha vida. Inclusive, por exemplo, esse livro aqui que eu falei para vocês, eu fui convidada para declamar um poema no lançamento desse livro”, contou.
 
Segundo Maria de Lourdes, o evento é importante porque “todo mundo deve ter um pouquinho de poesia na vida”. Ela explicou que Cora é uma poetisa fácil de ser compreendida “por que a poesia dela é uma poesia bem leve. Ela vai escrevendo poesia como se não fosse poesia. Todo mundo aqui gostou de escutar. São poemas fáceis, que fazem parte da vida.”
 
Na oportunidade, foram declamadas uma série de poesias de Cora, como A Ressalva – juíza Henriqueta Lima; Ofertas de Aninha (aos Moços) – juíza Tatiana dos Santos; A Procura – juíza Amini Haddad; Assim eu vejo a vida – juíza Ester Belém; Becos de Goiás – juiz Antônio Peleja; Mulher da Vida – promotor Wesley Sanchez; e O Cântico da Terra – servidora Ceila Mônica. Também houve a presença da de músicos da Escola da Música Bateras Beat.
 
 
#ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Imagem 1: Fotografia colorida da desembargadora Helena Maria Ramos. Ela está ao púlpito, falando no microfone. É uma mulher branca, de cabelos pretos, que usa vestido preto e branco. Imagem 2: fotografia colorida de Rubio Tahan. É um homem de pele branca, cabelos brancos, que usa camisa branca e terno cinza. Fala ao microfone. Imagem 3: fotografia colorida da juíza Ester. Ela é uma mulher branca, de cabelos loiros curtos, que usa blusa vermelha e aparece sorrindo. Imagem 4: fotografia colorida de Maria de Lourdes, uma mulher branca, de cabelos castanhos e blusa verde, que segura um livro com a mão esquerda.
 
Lígia Saito 
Assessoria de Comunicação 
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Quebrando o silêncio e encorajando: “Se precisar, peça ajuda”

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Falar sobre saúde mental é algo desafiador nos tempos que vivemos, mas precisamos quebrar o silêncio e abordar esse assunto. Quantas pessoas estão, neste momento, passando por agonia, sem saber por onde começar? Muitas questões estão acumuladas no subconsciente, transformando a vida em uma aflição, quando, na verdade, a vida é um presente, uma dádiva.

No Brasil, o mês de setembro passou a ser dedicado a essa discussão a partir de 2015, por diferentes entidades que buscam esclarecer a população sobre o tema, usando a cor amarela. Assim surgiu o “Setembro Amarelo”. No entanto, uma campanha internacional teve início nos Estados Unidos após a trágica morte do jovem norte-americano Mike Emme, que tinha 17 anos. A família e os amigos não perceberam que Mike precisava de ajuda, e ele acabou tirando a própria vida.

Recentemente, a família do jovem norte-americano concedeu uma entrevista a um veículo de comunicação e compartilhou a dor da perda, que nunca tem fim para a família e os amigos. Contudo, ao olharem para a mobilização gerada pela morte do filho e a compaixão em ajudar outras pessoas a enfrentar problemas semelhantes por meio das campanhas, o sentimento de dor se transformou em uma missão de ajudar o próximo.

Histórias como essa estão por toda parte. Como mãe, esposa e atualmente servindo à população como primeira-dama do Estado, tenho a responsabilidade de falar sobre o assunto. Quero encorajar as pessoas a olhar mais para o próximo. Não estou falando de cuidar da vida do outro, mas de tentar perceber sinais que podem estar atormentando aqueles ao nosso lado. Da mesma forma, encorajo as pessoas que estão passando por problemas a encontrar um porto seguro e conversar com alguém; esse é o primeiro passo. Os sintomas do suicídio são silenciosos, e o escape se dá com a depressão, e nem sempre conseguimos identificar esses sinais.

Especialistas alertam que a depressão é uma doença psicológica grave e frequentemente subestimada, que pode levar ao suicídio. Caracterizada por alterações de humor, às vezes uma pessoa que demonstra uma alegria constante pode estar escondendo uma dor; tristeza profunda; baixa autoestima e sensação de falta de perspectiva. A depressão pode ter várias causas, incluindo fatores genéticos, perdas pessoais, desilusão amorosa e abuso de substâncias.

A doença faz com que a pessoa se sinta envergonhada, rejeitada e solitária, e, devido à sua subestimação social, pode levar a pensamentos suicidas como uma forma de escapar das angústias. É crucial buscar acompanhamento profissional para o tratamento da depressão, o qual pode reduzir significativamente o risco de suicídio.

Se você está passando por um momento difícil, saiba que não está sozinho(a). Pedir ajuda é um ato de coragem. Converse com alguém de confiança, procure um profissional e, se precisar, ligue para o CVV: 188.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), no Brasil, 12,6% dos homens, a cada 100 mil, em comparação com 5,4% das mulheres, a cada 100 mil, morrem devido ao suicídio. A única maneira de ajudar uma pessoa que está com pensamentos suicidas é o apoio de pessoas próximas e profissionais. Se precisar, peça ajuda; esse é o melhor caminho. Nem sempre conseguimos superar nossas fragilidades sozinhos. Além dos familiares e amigos, procure um profissional habilitado. O processo não é fácil, mas, com determinação e fé, a superação é uma questão de tempo.

Quem acompanha meu trabalho sabe que já passei por inúmeros desafios com minha saúde, momentos delicados. A única coisa que eu pensava era como superar algo que não dependia apenas de mim. Todas as doenças que enfrentei e a minha superação diária vão além da minha força de vontade. No meu caso, a fé em Deus, a minha família e a ajuda profissional foram primordiais, pois há momentos em que o corpo e a mente cansam. É nesse momento que precisamos ser humildes o suficiente para dizer: “Sim, eu preciso de ajuda”.

A vida é maravilhosa; a vida é um presente diário. “Se precisar, peça ajuda.”

Virginia Mendes é economista, mãe de três filhos, primeira-dama de MT e voluntária nas ações de Governo na área social por meio da Unidade de Ações Sociais e Atenção à Família (UNAF).

Fonte: Governo MT – MT

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