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MATO GROSSO

São José dos Quatro Marcos realiza projeto Educação, Cinema & Justiça com alunos do município

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A Comarca de São José dos Quatro Marcos (a 315 km de Cuiabá) elaborou o projeto ‘Educação, Cinema e Justiça – A Escola no Judiciário’, com o objetivo de levar os alunos das escolas municipais e estaduais para participarem de palestras e sessões de cinema no Fórum da Comarca no município.
 
A intenção é aproximar o Poder Judiciário da comunidade escolar, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e de outras redes de apoio estudantil, com a reflexão e o diálogo sobre temas importantes para o desenvolvimento e aprendizagem dos estudantes e por meio da emoção e magia do cinema.
 
Parceria – Idealizado pelo diretor do Foro da Comarca de São José dos Quatro Marcos, juiz Rafael Siman Carvalho, o projeto é realizado em parceria com a Prefeitura Municipal e Ministério Público local. As palestras são realizadas nas escolas e a estrutura para o cinema é montada e acomodada no Plenário do Tribunal do Júri no Fórum do município.
 
Exibição de filmes – O cinema é considerado o instrumento ideal para que os alunos reflitam sobre as mensagens transmitidas em cada sessão ou palestra do projeto, além de uma ferramenta de acesso à arte e cultura para adolescentes e crianças.
 
Para isso, são exibidos filmes atuais, com sucesso de crítica, relacionados aos temas como violência doméstica, bullying, consumo de álcool e drogas, gravidez na adolescência, abuso sexual, entre outros.
 
Palestras – Também são realizadas palestras sobre assuntos jurídicos de forma humanizada, promovendo os direitos humanos e incentivando nos(as) alunos(as) a empatia e a tolerância.
 
Tudo isso para auxiliá-los a reconhecer os seus direitos e a provocar os sistemas de justiça e de segurança para tutelá-los quando necessário.
 
Outro propósito do projeto é despertar nos alunos, crianças e adolescentes a conscientização sobre padrões de condutas e comportamento para um bom convívio em sociedade, assim como direitos e deveres sob cada contexto das leis, como a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei Maria da Penha.
 
O juiz diretor do Foro da Comarca de São José dos Quatro Marcos, Rafael Siman Carvalho, afirma que a ideia do projeto nasceu a partir de outra ação idealizada também pelo magistrado, à época na Comarca de Marcelândia. “Aqui desenvolvemos o projeto de uma forma um pouco diferente, trazendo as crianças e adolescentes para conhecerem o fórum, o magistrado e assistirem aos filmes no Plenário do Júri.”
 
O magistrado destaca que as quatro primeiras sessões realizadas na segunda quinzena de março foram um sucesso, com os alunos do 5º, 4º, 3º e 2º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Vereador Evilásio Vasconcelos. “Nós conversamos com eles antes das sessões, falamos sobre cidadania, respeito contra bullying, empatia e passamos os filmes ‘Luca’ e ‘Gato de Botas 2’, que têm essa mensagem de diversidade, opiniões diferentes, amizade e respeito.”
 
O juiz Rafael Siman Carvalho também ressalta a procura de alunos e de outras instituições de ensino pelo projeto. “Inicialmente seriam apenas duas sessões por semana, mas dada a empolgação e procura dos alunos, que até mesmo ligaram para o gestor da comarca quando ficaram sabendo, abrimos mais sessões para atender a todos.”
 
De acordo com o diretor do Foro, o nome do projeto foi escolhido para contemplar os três pilares essenciais a serem trabalhados: “a educação, pelo seu poder transformador; o cinema, por ser uma arte que humaniza e que permite o respeito por outras culturas; e a Justiça, para que possamos formar cidadãos mais preparados para exercerem a cidadania em sociedade”.
 
Vivência transformadora – Com a experiência aproximada de um cinema (telão e som de qualidade), a finalidade é introduzir os alunos neste universo artístico, com a expectativa de que isto se torne rotineiro em suas vidas, para pensarem a realidade através da arte, de uma maneira não convencional.
 
A partir do cinema é possível ter contato com outras culturas e ideias diferentes, mundos diversos, até mesmo aqueles que só existem na imaginação, quebrando barreiras e permitindo ao espectador não só conhecer, mas entender e discutir outras ideias de mundo.
 
Os alunos recebem alimentação, com pipoca e suco, durante as sessões de cinema e a merenda ao retornarem à escola. Os direitos autorais dos filmes exibidos foram respeitados e adquiridos (diretamente pelo magistrado) pelo período de um ano para as sessões na Comarca.
 
Semear a Paz e Fortalecer a Justiça – O projeto ‘Educação, Cinema e Justiça – A Escola no Judiciário’ vai ao encontro do conceito de Semear a Paz e Fortalecer a Justiça, da atual gestão do Poder Judiciário de Mato Grosso.
 
#Paratodosverem
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Primeira imagem: alunos uniformizados posando para foto em frente à fachada do Fórum de São José dos Quatro Marcas. Segunda imagem: sessão de cinema no Plenário do Juri, com telão ao fundo da imagem e alunos assistindo ao filme. Terceira imagem: alunos sentados nas cadeiras do Plenário do Júri, ouvindo as palavras do diretor do Foro, juiz Rafael Siman Carvalho.
 
Marco Cappelletti/ Fotos: Comarca de São José dos Quatro Marcos
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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