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BRASIL

Samba de roda no interior da Bahia é tema do Caminhos da Reportagem

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Quando se fala de samba de roda da Bahia, muita gente se lembra daquele que tem origem no Recôncavo baiano. Mas a verdade é que o samba de roda está presente em todo o estado.

Apesar disso, foi Santo Amaro que virou referência nacional graças a tia Ciata, apelido de Hilária Batista de Almeida, que nasceu na cidade e depois foi para o Rio de Janeiro, levando a tradição do samba de roda para lá e se tornando a grande mestra do samba brasileiro.

Hoje, 120 grupos fazem parte da Associação dos Sambadores e das Sambadeiras do Estado da Bahia (Asseba). Mestre Bule-Bule, como é conhecido Antônio Ribeiro da Conceição, faz parte da associação e afirma que cada lugar traz consigo diferenças no samba de roda, que não se limitam a ritmos e instrumentos.

“A diferença do samba do litoral, do Recôncavo e o samba rural, o sertanejo, o samba catingueiro, é o conteúdo que você junta para fazer o samba, os elementos que cercam cada lugar. Para fazer o samba da beira-mar, fala de canoa, de remo, de rede, de peixe. No samba rural, você fala de cavalo, de gado, roçado, de feijão, de milho, de vaquejada.”

A equipe da TV Feira, de Feira de Santana, parceira da TV Brasil, viajou para o interior da Bahia, para mostrar no programa Caminhos da Reportagem outros tipos de samba de roda, que carregam tradições e histórias que passam de geração para geração.

Queima da Lapinha

Uma das paradas foi o Quilombo Matinha dos Pretos, distrito de Feira de Santana. Na tradicional festa religiosa Queima da Lapinha, o grupo Quixabeira da Matinha trouxe o samba de roda para a parte profana do evento.

Brasília (DF - Caminhos da Reportagem. - Episódio Brasília (DF - Caminhos da Reportagem. - Episódio

Chica do Pandeiro fundou o grupo “Quixabeira da Matinha”. Foto: TV Brasil/reprodução

O grupo foi criado pelo já falecido mestre Colerinho da Bahia e sua esposa, Chica do Pandeiro, há mais de três décadas. Guda Moreno, filho do casal, é quem está à frente da associação cultural hoje. Ele se orgulha das diferenças que o samba traz. “O samba de roda é o único ritmo que é igual na diferença. Todo mundo vai fazer samba de roda, mas cada um vai fazer um samba diferente do outro. E estão fazendo samba de roda”, afirma.

Patrimônio artístico

Em 2004, o Samba de Roda do Recôncavo foi inserido no livro de Registro das Formas de Expressão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Agora, está sendo preparado um novo estudo para a revalidação do título.

“Fizemos um novo dossiê do samba de roda. Quando se registra e passa 10 anos, a gente tem que fazer um dossiê para revalidar esse título. Foram feitas essas pesquisas e eu opinei para que o nome do livro seja Samba de Roda, patrimônio do Recôncavo à Bahia. Ele não é só do Recôncavo, ele está na Bahia toda”, conta Guda.

A produtora cultural Olivia Silva diz que foi solicitado ao Iphan que o samba de roda de todo o estado seja inscrito no livro:

“No nosso pedido de revalidação do Samba de Roda do Recôncavo, a gente solicitou que fosse o Samba de Roda da Bahia, porque a maior parte dos grupos que são associados e tocam essa salvaguarda é de fora do Recôncavo.”

Olivia faz parte do grupo de roda da Associação Cultural Sinfonia do Pandeiro, que existe há 15 anos e é composta por 25 integrantes. Em apresentações, o grupo reúne pessoas de toda a cidade que já conhecem as músicas e gostam de sambar ao som do batuque mais tradicional da cidade.

A equipe do programa também foi até a comunidade Pitiá, no distrito de Retiro, zona rural de Coração de Maria, conhecer o grupo Jaqueirinha do Sertão. Criado há 21 anos, ele é encabeçado por um pedreiro que, sozinho, aprendeu a tocar vários instrumentos e passou o conhecimento para frente. “A diferença do samba chula, de Santo Amaro, para o da gente é que lá não tem alguns instrumentos, como o surdo, o timbal. É um samba com mais harmonia”, explica Antônio das Virgens.

A última parada da viagem foi em Ipirá. Lá, conhecemos o samba de roda rural, com um ritmo mais lento, tocado com prato, cuia, viola e pandeiro. Uma tradição que veio das fazendas e continua nas pequenas cidades.

“O samba começou há muitos anos, já veio da era de meus avós, criado em fazenda, samba de roça, no mês de setembro, mês do cariru. Os mais velhos trouxeram a tradição. É o samba boiadeiro, o pessoal conhece como o canto de parede, e isso veio passando para os mais novos”, lembra Manoel Pereira.

Serviço

O episódio A Diversidade do Samba de Roda no Interior da Bahia, feito em parceria com a TV Feira, para o Caminhos da Reportagem, vai ao ar neste domingo (7), às 22h, na TV Brasil.

Clique aqui e saiba como sintonizar a emissora em canais aberto, TV por assinatura e antena parabólica.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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