Há uma nova polêmica envolvendo o Plano de Preservação Urbanística de Brasília (PPCub), que deve ser votado na quarta-feira (19), na Câmara Legislativa (CLDF). Uma proposta de aumento de andares em hotéis do centro da capital federal tem gerado controvérsia e mobilizado parlamentares e especialistas.
Segundo informações reveladas pelas jornalistas Lilian Tahan e Isadora Teixeira, do Metrópoles , a medida permitiria a construção de 16 novos prédios, beneficiando empreiteiros e empresários ligados a uma mesma família.
O projeto de lei prevê o aumento de três para 12 andares em prédios localizados a poucos metros da Esplanada dos Ministérios. A mudança beneficiaria famílias ligadas ao clã Bittar, proprietários de diversos hotéis na região.
Entre os empreendimentos que seriam impactados pela nova legislação estão o Planalto Bittar, Monumental Bittar Hotel, Plaza Bittar Hotel, Bittar Inn Hotel, Brasília Imperial, Imperial Hotel, Casablanca, Byblos, El Pilar e Econotel.
Em um documento à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), revelada pela reportagem, empresários que representam os interesses dos proprietários dos hotéis de três andares destacaram a importância da mudança para o setor. O documento ressalta que a medida atenderia a um pedido de 10 anos dos empresários e solicitava uma audiência com o secretário Marcelo Vaz, do Desenvolvimento Urbano, para discutir o assunto.
No entanto, a proposta tem encontrado resistência entre os parlamentares. Deputados da base do governo e da oposição divergem sobre a necessidade e os impactos da medida.
Após apresentar uma emenda para desautorizar as mudanças no gabarito dos hotéis no centro da cidade, o distrital Thiago Manzoni (PL) acabou retirando o texto, alegando que a implantação dos novos parâmetros só ocorreria após estudos e deliberações nos órgãos competentes.
De acordo com o Metrópoles , o recuo de Manzoni gerou estranhamento entre os colegas, que agora clamam por uma reabertura do prazo para apresentação de emendas.
Especialistas, no entanto, apontam que a proposta atende a interesses privados e não traz benefícios concretos para a população do Distrito Federal.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.