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MATO GROSSO

Saiba a verdade dos fatos sobre a intervenção na Saúde de Cuiabá

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O Gabinete de Intervenção esclarece que:

Sobre medicamentos

Entregou a Saúde de Cuiabá com todas as unidades abastecidas com medicamentos para os próximos 20 dias. Caso tenha havido maior demanda pontual em alguma unidade por medicamento, o Centro de Distribuição possui estoque suficiente para manutenção dos atendimentos.

Para as Unidades de Pronto Atendimento e Policlínica do Pedra 90, por exemplo, nos dias 28 e 29 de dezembro, foram realizados inventários para checagem se havia algum produto faltando nas farmácias. Na manhã de sábado (30.12) os itens solicitados pelos responsáveis técnicos foram enviados.

O Gabinete Estadual de Intervenção investiu R$ 36 milhões em medicamentos e insumos, durante os 10 meses de atuação na Saúde de Cuiabá, sendo comprados mais de 17 milhões de produtos ao longo de 2023.

Todas as informações acima foram encaminhadas com fotos e documentos, incluindo os registros de entrada dos medicamentos nas unidades, que comprovam que itens da relação divulgada pela prefeitura estavam disponíveis nas farmácias das Upas e Policlínicas, para os órgãos de controle.

Escalas de médicos nas UPAs

As escalas de médicos completas foram preenchidas para os próximos 15 dias em todas as unidades. No entanto, em caso de falta de profissionais, agora cabe à Prefeitura de Cuiabá a manutenção e gerenciamento das mesmas.

Sobre greves

Sobre a paralisação dos serviços da Cooperativa de Médicos Anestesiologistas do Estado de Mato Grosso (Coopanest-MT), o Gabinete destaca que os pagamentos de serviços prestados durante o período de intervenção foram feitos em dia. O débito em aberto é de fevereiro de 2023, da gestão da Prefeitura de Cuiabá. Conforme decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o Gabinete priorizou o pagamento dos serviços prestados durante a intervenção.

A empresa Excelência está com os pagamentos em dia. A competência de outubro de 2023 foi paga no dia 11 de dezembro e a de novembro de 2023 estava liquidada, ou seja, com todo o processo de fiscalização e pagamento já feito e pronto para a quitação.

Sistema interrompido

Os sistemas da Log Lab estão suspensos porque a empresa não concordou em receber os pagamentos com glosas, como foi feito pela Intervenção. A empresa quer receber o valor total, mesmo sem apresentar os documentos detalhados de comprovação de que os serviços foram de fato prestados, mesmo sendo notificada para tal.

É importante ressaltar que a Log Lab foi alvo da Operação Iterum, por movimentações suspeitas de verbas federais enviadas para a Saúde de Cuiabá ainda na gestão da Prefeitura. A situação estava sendo acompanhada pelo Tribunal de Contas do Estado.

Até que o impasse fosse resolvido, a Intervenção agiu para que o atendimento nas unidades tivesse continuidade de forma manual.

O sistema interno de gestão de medicamentos e insumos no CDMIC não é mais da Log Lab, mas sim, o Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica – Hórus, do Ministério da Saúde, que é gratuito. Os sistemas da Log Lab no Centro de Distribuição são usados para que as unidades básicas solicitem medicamentos e insumos, ação que teve continuidade de forma provisória sem impacto à população. Prova disso é que as farmácias das unidades foram entregues completas.

CDMIC

Foi realizado um inventário no CDMIC, por recomendação do Ministério Público do Estado (MPE). O resultado do inventário, realizado por uma empresa isenta, demorou mais de 30 dias e apontou que na gestão da Prefeitura havia desorganização no CDMIC e falta de planejamento.

Do total de 17.971.857 unidades de medicamentos e insumos que estavam na unidade no período do inventário (junho a setembro de 2023), 83,21% estavam com inconsistências como, por exemplo, a localização onde estão armazenadas.

O relatório do inventário foi encaminhado para os órgãos de controle que acompanharam a intervenção.

Os novos profissionais do CDMIC foram aprovados no concurso da Saúde para atuação na área farmacêutica, possuem formação técnica especializada e foram convocados pela Intervenção para atuar na unidade.

O Gabinete Estadual de Intervenção recebe com estranheza o suposto relatório de irregularidades no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC), considerando que a unidade foi entregue com Alvará Sanitário válido até novembro de 2024 (conforme foto em anexo) e de Segurança Contra Incêndio e Pânico, válido até 18 de agosto de 2025 (conforme foto em anexo). No dia 31 de dezembro, quando encerrou o período interventivo, a unidade estava com o sistema Hórus em atividade, medicamentos e insumos abastecidos e com cobertura contratual para compras. Ressaltamos que todas as informações da situação de como a saúde foi entregue foram repassadas aos órgãos de controle.

Obras

As novas unidades foram entregues mais modernas e com padrão de qualidade de clínicas particulares. No caso específico da Ouro Fino, os problemas detectados após a chuva estão cobertos pela garantia da empreiteira. Lá, o Gabinete entregou com mobiliário, equipamentos e farmácia cheia, conforme mostram imagens feitas por participantes da inauguração.

Vale destacar

O Gabinete se colocou à disposição para fazer a transição na última semana de dezembro e oficiou a Prefeitura, Câmara Municipal de Cuiabá e órgãos de controle alertando sobre a necessidade da mesma.

O Gabinete de Intervenção reforça que a situação de como a Saúde foi entregue para a Prefeitura de Cuiabá no dia 31 de dezembro é de conhecimento dos órgãos de controle, como Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Ministério Público.

Conforme determinado pela Justiça, a Comissão de Apoio e Monitoramento já está trabalhando e espera colaboração da prefeitura para que o Termo de Ajustamento de Condutas seja cumprido.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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