“O movimento de unidades de Wagner pelo território da região de Voronezh está terminando.”
“Está indo bem e sem incidentes. Assim que a situação for finalmente resolvida, vamos remover as restrições impostas”, informou Gusev.
O governador agradeceu os moradores de Voronezh “por sua resistência, firmeza e razoabilidade, e a todas as agências de aplicação da lei e departamentos envolvidos por seu trabalho bem coordenado e profissionalismo”.
Fim do motim
Após firmar acordo com o grupo paramilitar, o Kremelin confirmou que não irá mover açõses contra o líder do grupo, Yevgeny Prigozhin, nem tomar medidas punitivas contra os demais membros envolvidos na revolta.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que houve negociações entre as partes, mediadas pelo governo de Belarus, e um acordo foi alcançado e acrescentou que “evitar derramamento de sangue é mais importante do que perseguir alguém criminalmente”
De acordo com Moscou, o acordo estabelece o seguinte: Prigozhin deve se exilar em Belarus, um país aliado da Rússia, deixando tanto a frente na Ucrânia quanto São Petersburgo, sua cidade natal.
Nenhum dos membros do grupo Wagner que participaram da rebelião será alvo de perseguição criminal. Os mercenários que não aderiram à revolta serão integrados ao Ministério da Defesa russo.
Até a tarde deste sábado, as tropas mercenárias já se aproximavam de Moscou. O Kremlin temia um confronto na capital russa, mas Prigozhin anunciou a retirada de suas tropas. Há relatos de que eles já deixaram a cidade de Rostov, no sul da Rússia, ocupada na sexta-feira.
Na noite de sexta-feira, o grupo Wagner, que tem participado da guerra na Ucrânia ao lado da Rússia, iniciou a rebelião e atacou bases militares russas. Em seguida, eles abandonaram as bases no leste da Ucrânia, cruzaram a fronteira e assumiram o controle de Rostov.
Nos últimos meses, Prigozhin vinha enfrentando conflitos com o Ministério da Defesa russo devido à falta de armas e suprimentos para suas tropas de combate.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.