Moscou negou uma solicitação de visita para o dia 11 de maio e argumentou que a decisão se trata de uma retaliação à recusa dos norte-americanos em conceder vistos para jornalistas russos que queriam acompanhar o diplomata Sergei Lavrov em uma viagem da ONU aos EUA.
“Uma nota de protesto foi apresentada em conexão com a conduta provocativa da missão diplomática dos EUA, que impediu a emissão de vistos para representantes da mídia de massa do pool de imprensa do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que deveria acompanhá-lo em sua viagem a Nova York como parte da presidência russa do conselho de segurança da ONU”, pontuou o ministério russo em comunicado.
A nota diz ainda que novas medidas frente à negaçõa de visto aos profisisonais de imprensas da Rússia estão sendo consideradas pelas autoridades russas.
Evan Gershkovich foi indiciado pelo crime de espionagem. O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) foi a corporação que formalizou a denúncia contra o profissional, que nega as acusações e, em caso de condenação, pode ficar 20 anos detido no país europeu.
Gershkovich atua como repórter investigativo e cobria a guerra na Ucrânia, além da geopolítica Rússia e também sobre como atua o grupo de mercenários Wagner. O Kremlin acusa o cidadão americano de coletar informações confidenciais sobre uma instalação militar russa.
De acordo com o FSB, o jornalista foi preso em Ecaterimburgo, cidade localizada no centro-oeste da Rússia, enquanto tentava obter as informações governamentais secretas. O profissional está em prisão preventiva até o dia 21 de maio, períoso de detenção que poderá ser prorrogado por conta da espera de um possível julgamento.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.