As forças russas dispararam mais de 30 mísseis contra Kiev na madrugada desta quinta-feira (21), horas antes da reunião de líderes da União Europeia para discutir maneiras de auxiliar a Ucrânia na guerra contra a Rússia .
Segundo a Aeronáutica Militar ucraniana, 31 projéteis foram abatidos pelas defesas antiaéreas do país, incluindo um míssil hipersônico KH-47M2 Kinzhal.
Também foram interceptados e destruídos 29 mísseis de cruzeiro KH-101/KH-555 e um míssil balístico Iskander-M. O ataque teria partido de bombardeiros estratégicos TU-95MS originários das cidades de Volgodonsk e Engels, na Rússia.
Pelo menos 13 pessoas ficaram feridas em Kiev por causa de fragmentos dos projéteis russos.
“Os terroristas não têm mísseis para escapar da defesa dos Patriots [sistema antiaéreo americano] e outros importantes sistemas mundiais.
Agora essa proteção é necessária aqui na Ucrânia. Tudo é possível se os parceiros tiverem suficiente vontade política”, disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em mensagem no Telegram.
Enquanto isso, os líderes dos 27 países da União Europeia se reúnem entre hoje (21) e amanhã (22) em Bruxelas para discutir questões de segurança e defesa, sobretudo ligadas às ameaças da Rússia.
Um dos objetivos da cúpula é tentar acelerar o ritmo de envio de ajuda militar a Kiev, porém também está na pauta o endurecimento das políticas de defesa do bloco. “Se quisermos a paz, devemos nos preparar para a guerra”, alertou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.