A Rússia, o Egito e a Turquia condenaram o ataque que levou à morte do líder político do Hamas Ismail Haniyeh nesta quarta-feira (31).
O governo russo denunciou o “assassinato político inaceitável” do chefe do Hamas.
“Este é um assassinato político absolutamente inaceitável e levará a uma maior escalada de tensões”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, citado pela RIA.
“Atacar Ismail Haniyeh é um crime terrorista hediondo e uma violação flagrante de leis e valores ideais”, complementou.
“Assassinato vergonhoso”, diz governo turco
Em um comunicado do ministério das Relações Exteriores, o governo turco classificou o ataque contra o aliado como um “assassinato vergonhoso”.
“Condenamos o assassinato do líder do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, em um vergonhoso assassinato em Teerã,” disse o ministério, acrescentando que “este ataque também visa expandir a guerra de Gaza para uma dimensão regional”.
Governo egípcio também condena o ataque
Em comunicado, o governo egípcio afirmou que o episódio expressa “a falta de vontade política de Israel para frear os conflitos regionais”.
A nota também afirma que o caso dificulta as negociações por um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que o Egito participa como negociador ao lado do Catar e dos Estados Unidos.
Ataque
Haniyeh foi morto horas depois da posse do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian , no Teerã, segundo comunicado do Hamas. O governo iraniano acusa Israel de ter assassinado o líder do grupo extremista.
“A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados,” disse um comunicado no site de notícias Sepah do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica.