O vice-representante permanente da Rússia nas Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyansky, disse que o país não deseja matar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e insinuou que, se esse fosse o objetivo, Moscou já o teria alcançado.
A declaração chega na esteira da repercussão de um bombardeio em Odessa durante um encontro entre Zelensky e o primeiro-ministro da Grécia, Kyriákos Mitsotákis, na última quarta-feira (6).
Na ocasião, um míssil teria caído a menos de 500 metros do comboio que transportava os dois líderes.
“Vocês acham mesmo que, se quiséssemos atingir o comboio de Zelensky, não teríamos conseguido? Tentem responder a esta pergunta, mas sejam honestos”, declarou Polyansky, segundo a agência estatal russa Tass, em uma sessão do Conselho de Segurança da ONU.
Segundo o diplomata, o ataque mirou um centro de produção de drones onde eram “armazenados componentes fornecidos pelo Reino Unido”. “Esse alvo era muito mais importante para nós do que Zelensky. Se algum de vocês espera se livrar do líder de regime de Kiev desta maneira, devo decepcioná-los: isso não está nos nossos planos”, assegurou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.