“Cinco pessoas que estavam levando seu gado para o pasto se afogaram”, afirmou Vladimir Leontiev, chefe da administração da cidade de Novaya Kakhovka.
Há ainda, “41 pessoas em hospitais com hipotermia ou algum tipo de doença aguda”, declararam as agências russas.
Na última terça-feira (6), um ataque no sul da Ucrânia rompeu a barragem de Kakhovka, região controlada pela Rússia atualmente. Segundo a União Europeia, a explosão configura crime de guerra.
As enchentes no sul da Ucrânia, desencadeadas pela destruição de uma represa associada a usina hidrelétrica, destruíram 14.000 casas. Ainda, 4.300 pessoas foram retiradas da região, segundo as agências russas.
Tanto Kiev quanto Moscou se acusam mutuamente pelo ataque à estrutura, que é considerado um ato de sabotagem durante o conflito.
Segundo informações divulgadas, a Ucrânia alerta que cerca de 42 milhões de pessoas estão diretamente ameaçadas pelas inundações, enquanto centenas de milhares enfrentarão escassez de água potável.
A situação é alarmante, com a torrente do rio Dnipro alcançando níveis que ultrapassam os telhados das casas. Além disso, um zoológico localizado às margens do rio, do lado russo, foi inundado, resultando na morte de todos os animais. Moradores atribuem o desastre às tropas russas que controlavam a barragem.
Em resposta, a Rússia declarou estado de emergência nas áreas da província de Kherson sob seu controle, onde diversas cidades e vilarejos estão localizados nas planícies abaixo da represa.
Zelensky visita região
Nesta quinta-feira (8), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse a que visitou a região inundada de Kherson. Segundo ele, a explosão da barragem foi discutida.
“Muitos assuntos importantes foram discutidos. A situação operacional na região em decorrência do desastre, evacuação da população das zonas de possível inundação, eliminação da emergência causada pela explosão da barragem, organização do suporte de vida para as áreas alagadas e restauração do ecossistema na região”, publicou Zelensky no Telegram.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.