O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que o acordo nuclear firmado entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul nesta sexta-feira (26) irá desestabilizar a região e o mundo como um todo.
A Rússia emitiu um alerta às autoridades mundiais sobre uma possível corrida armamentista em razão desse acordo.
Os Estados Unidos se comprometeram em compartilhar informações com a Coreia do Sul sobre seu programa nuclear. Já as autoridades da Coreia do Sul afirmam que o país não buscará obtenção de armas nucleares para fins de conflito militar e que o objetivo comum do acordo é conter as ambições nucleares da Coreia do Norte .
Rússia reiterou sua contrariedade ao pacto e considerou o acordo com uma provocação dos EUA que tem aumentado sua presença militar na Ásia.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que a busca por uma “superioridade militar decisiva” por parte dos Estados Unidos e da OTAN não trará nada além de tensões crescentes, além de poder provocar uma corrida armamentista.
O presidente Vladimir Putin tem afirmado que a Rússia estaria pronta para usar armas nucleares para defender sua integridade territorial após invasão da Ucrânia.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol , disse que o objetivo do acordo nuclear é fortalecer as defesas da Coreia do Sul frente ao programa de armas nucleares em rápida evolução da Coreia do Norte.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.