Ataques russos a portos da Ucrânia foram registrados entre a noite dessa segunda-feira (17) e a madrugada desta terça (18), informaram autoridades ucranianas. Os bombardeios acontecem um dia após Moscou suspender o acordo de exportação de grãos da Ucrânia a países mais pobres.
A Rússia teria usado drones e mísseis balísticos para atingir áreas nas regiões sul e leste do país, segundo a Força Aérea ucraniana. Não foram relatados feridos até o momento.
Na última noite, uma instalação do porto de Mykolaiv pegou fogo, mas o incêndio foi rapidamente controlado e não deixou vítimas, afirmaram as autoridades.
“É muito sério”, escreveu o prefeito Oleksandr Senkevich nas redes sociais.
O porto de Odessa também foi alvo de bombardeios e sofreu danos. De acordo com a Ucrânia, os estragos foram provocados pelos destroços de artefatos russos que foram abatidos. Na ocasião, residências também ficaram danificadas.
“Mais uma prova de que o país-terrorista quer colocar em risco a vida de 400 milhões de pessoas em vários países que dependem das exportações de alimentos ucranianos”, disse Andriy Yermak, chefe da equipe presidencial.
Os portos afetados, de Odessa e Mykolaiv, têm acesso ao Mar Negro, por onde a Ucrânia faz exportações de grãos.
Mais tarde, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que Moscou responderia ao ataque. Segundo autoridades russas, duas pessoas morreram e uma ficou ferida. O mandatário classificou o incidente como um “ataque terrorista”, e afirmou que a ofensiva foi “sem sentido” pelo fato do local não ser mais uma rota de transporte militar do país.
“Este é um crime sem sentido do ponto de vista militar, já que a ponte da Criméia há muito não é usada para transporte militar, e brutal porque que civis inocentes foram mortos”, afirmou Putin após reunião com outras autoridades russas.
“Claro, haverá uma resposta da Rússia. O Ministério da Defesa está preparando propostas relevantes”, complementou o presidente russo.