A Rússia bombardeou instalações portuárias e de grãos no sul da Ucrânia nesta quinta-feira (12) e lançou novos ataques na cidade de Avdiivka, no leste do país, em uma de suas maiores operações ofensivas em meses.
Destacando a intensidade e a importância do ataque a Avdiivka, o presidente Volodymyr Zelenskiy disse que as forças ucranianas estavam mantendo sua posição. Os militares ucranianos afirmaram ter repelido mais de 10 ataques russos perto da cidade.
Os militares afirmam que as forças de Moscou redirecionaram muitas tropas e equipamentos para Avdiivka, revidando mais de quatro meses de uma contraofensiva ucraniana no leste e no sul, que encontrou forte resistência russa.
“Avdiivka. Estamos mantendo nossa posição. São a coragem e a unidade ucranianas que determinarão como essa guerra terminará”, escreveu Zelenskiy no aplicativo de mensagens Telegram ao lado de fotos de tropas ucranianas e da placa de entrada de Avdiivka.
Avdiivka abriga uma grande usina de coque no sudoeste da região de Donetsk e fica a noroeste da cidade de Donetsk, controlada pela Rússia.
A Rússia também intensificou os ataques aéreos aos portos do Rio Danúbio na região sul de Odesa, que se tornaram a principal rota de Kiev para a exportação de alimentos desde que Moscou desistiu de um acordo que permitia embarques pelo Mar Negro em julho.
No último ataque, um porta-voz militar disse que uma instalação de armazenamento de grãos havia sido atingida na região de Odesa. Ela disse que alguns grãos foram danificados, mas não informou a quantidade.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.