A Rússia disse que repeliu uma tentativa de incursão em sua fronteira com a Ucrânia nesta quinta (1º). O país classificou os invasores como militantes pró-ucranianos e afirmou que os bombardeios levaram a uma evacuação parcial de civis da área.
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, três ataques foram contidos próximos à cidade de Shebekino. A pasta acusou a Ucrânia de usar o que chamou de “formações terroristas” para realizar tentativas de ataques contra civis russos, mas afirmou que não conseguiram realizar a invasão.
O Ministério disse que unidades do exército russo, guardas de fronteira e unidades do Serviço Federal de Segurança repeliram o primeiro ataque por volta de 1h, quando veículos e tanques tentaram penetrar na fronteira perto das cidades de Novaya Tavolzhanka e Shebekino.
Mais de 30 combatentes ucranianos foram mortos e quatro veículos blindados foram destruídos, disse a pasta.
O governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, disse que as Forças Armadas da Ucrânia bombardearam Shebekino repetidamente com foguetes, incendiando um dormitório e danificando um prédio administrativo. Pelo menos nove civis ficaram feridos, afirmou o governador a Reuters.
Até o momento, a Ucrânia nega responsabilidade dos episódios, e diz que quem está agindo nas fronteiras são voluntários russos contrários ao governo Putin.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.