A potiguar Rosicleide Andrade viveu um momento especial na manhã desta quinta-feira (5) na Arena do Campo de Marte, pois derrotou a argentina Rocio Ledesma Dure por ippon e conquistou a medalha de bronze na disputa da categoria até 48 quilos da classe J1 (atletas cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância), a primeira do judô brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Paris .
“Estou muito feliz e ao mesmo tempo sem acreditar ainda. Eu fiz um ciclo [paralímpico] muito bom. No meu primeiro ciclo [alcancei] alguns títulos muito importantes, como o ouro no Parapan-americano, e agora sendo medalhista de bronze na Paralimpíada , em minha primeira Paralimpíada. Estou muito feliz e não consigo explicar ainda o que estou sentindo”, declarou Rosicleide.
Outro atleta da classe J1 que teve a oportunidade de conquistar uma medalha nesta quinta foi o manauara Elielton Oliveira, que foi derrotado por ippon pelo indiano Kapil Parmar na disputa de bronze da categoria até 60 quilos.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.