Terminou nesta sexta-feira (16) a rodada de negociações em Doha, no Catar , para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns israelenses ainda em poder do grupo fundamentalista islâmico Hamas .
As tratativas haviam começado na última quinta (15) e ainda não levaram a um acordo, mas os mediadores – Catar, Egito e Estados Unidos – continuarão trabalhando nos detalhes da proposta nos próximos dias.
As negociações não tiveram a presença de integrantes do Hamas, que foi representado por Catar e Egito, e giraram em torno de um plano apresentado pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
A proposta seria implementada em três fases e prevê uma trégua total, a libertação de reféns israelenses e a soltura de prisioneiros palestinos detidos em Israel, bem como a retirada das tropas invasoras de Gaza e investimentos para a reconstrução do enclave, onde mais de 40 mil pessoas já morreram desde o início da guerra.
As principais divergências, segundo a imprensa israelense, dizem respeito ao controle dos corredores Filadélfia, entre Gaza e Egito, e Netzarim, que atravessa o centro do enclave a partir da divisa com Israel até o Mar Mediterrâneo.
Em comunicado conjunto, os três países mediadores afirmaram que seguirão trabalhando na proposta nos próximos dias e que delegações de alto nível voltarão a se reunir na semana que vem para tentar avançar no acordo.
Catar, Egito e EUA ainda disseram que as negociações em Doha foram “construtivas” e ocorreram sob uma “atmosfera positiva”, mas os países alertaram que “não há mais tempo a perder nem desculpas de nenhuma parte para novos atrasos”.
“É hora de libertar os reféns e prisioneiros, iniciar o cessar-fogo e implantar esse acordo”, acrescentaram.
No entanto, um dirigente do Hamas afirmou ao site Ynet que as tratativas de Doha “não correspondem ao que foi concordado em 2 de julho”, que se baseia na resolução 2735 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em junho e que pede um cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns, além de rejeitar mudanças territoriais em Gaza e reafirmar o compromisso com a solução dos dois Estados.
É esperado que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegue a Israel no domingo (18) para se reunir no dia seguinte com o premiê Benjamin Netanyahu e discutir o acordo.
Enquanto isso, o mundo aguarda a reação do Irã, que resolveu esperar as negociações para decidir como responderá ao assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, pela inteligência israelense em Teerã, em 31 de julho.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.