Robert F. Kennedy Jr., candidato independente à presidência dos Estados Unidos, suspendeu sua campanha e declarou apoio ao ex-presidente e candidato republicano Donald Trump.
A informação já foi antecipada anteriormente pela agência de notícias Associated Press, que tomou como base um documento do Judiciário da Pensilvânia, no qual Kennedy Jr. solicitava a retirada de seu nome da cédula de votação no estado.
A imprensa estadunidense especulava que o ex-candidato, sobrinho de John F. Kennedy, planejava apoiar Trump. O anúncio era previsto para um comício do ex-presidente ainda nesta sexta-feira (23). Ele enfatizou que não está encerrando sua campanha, “apenas a suspendendo”.
“Quero que todo mundo saiba que não estou encerrando minha campanha, mas a suspendendo. (…) É com um senso de vitória, e não de derrota, que estou suspendendo minha campanha. Conseguimos um milhão de assinaturas para concorrer e mudamos o debate nacional para sempre”, afirmou.
O apoio de Robert F. Kennedy Jr., por sua vez, poderia ser significativo na corrida presidencial norte-americana – as pesquisas de intenção de voto, segundo o g1, indicam uma disputa acirrada entre Kamala Harris e Donald Trump, com a maioria apontando um empate técnico. Kennedy teria o voto de 4% dos eleitores, conforme dados da pesquisa da Ipsos realizada neste mês.
Após o anúncio, a família Kennedy classificou o apoio de Kennedy Jr. a Trump como “uma traição” e reafirmou seu respaldo à candidatura de Kamala Harris. Kennedy Jr. mencionou seu tio para justificar suas convicções e escolhas.
Kennedy Jr. gerou certa confusão ao declarar que, mesmo suspendendo sua campanha, seu nome permanecerá nas cédulas de alguns estados, chegando a encorajar eleitores a votarem nele.
“Meu nome permanecerá na cédula em diversos estados e você pode votar em mim sem prejudicar a disputa. Eu os encorajo a votar em mim. Mas em aproximadamente 10 estados em que minha presença influenciaria o resultado, eu vou retirar meu nome, e já comecei esse processo e peço aos eleitores para não votar em mim”, disse Kennedy Jr.
O político declarou seu apoio a Trump com base em questões como liberdade de expressão, a guerra na Ucrânia e a “guerra pelas nossas crianças”. Ele também afirmou que esses fatores foram fundamentais para sua decisão de deixar o Partido Democrata. Após o anúncio, Trump agradeceu o apoio, durante um comício em Las Vegas.
Família Kennedy reitera apoio a Kamala
“Queremos uma América cheia de esperança e unida por uma visão compartilhada de um futuro mais brilhante, um futuro definido pela liberdade individual, promessa econômica e orgulho nacional. Acreditamos em Harris e Walz. A decisão de nosso irmão Bobby de apoiar Trump hoje é uma traição aos valores que nosso pai e nossa família mais prezam. É um final triste para uma história triste”, afirmou a família em comunicado.
O documento foi assinado por Kathleen, Courtney, Kerry, Chris e Rory Kennedy. A família de Robert é influente na política estadunidense e é tradicionalmente democrata.
John F. Kennedy, tio do político, foi presidente dos Estados Unidos, e Robert Kennedy, seu pai, foi senador – os dois foram assassinados: John durante mandato, em 1963, e Robert durante campanha à presidência, em 1968. O ex-candidato também já foi filiado ao Partido Democrata.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.