O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta quarta-feira (6) que não é a favor de qualquer tipo de CPI contra o padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo.
“Tenho muita consideração com o padre Julio Lancellotti, até pela posição dele ser padre. Sou católico praticante. Ele não tem convênio com a Prefeitura diretamente, como muitas entidades, mas é um grande parceiro da Prefeitura de SP, do ponto de vista de ajudar no atendimento das pessoas em situação de rua. Muito difícil pra mim falar num tema desses, faça isso ou faça aquilo. Mas se eles [vereadores] acharem que podem se inspirar no meu posicionamento…”, disse o prefeito.
A proposta de CPI está sendo liderada pelo vereador Rubinho Nunes e o presidente da Casa, Milton Leite, ambos do União Brasil.
Inicialmente, o escopo da proposta de investigação protocolada por Rubinho Nunes era fiscalizar a ação de ONGs que recebem dinheiro público para atuação na região da Cracolândia.
Em reunião a portas fechadas nesta terça-feira (5), os líderes partidários da Câmara Municipal de SP decidiram levar ao plenário a decisão sobre a abertura ou não de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o padre Júlio Lancellotti.
Para que seja aberta, a CPI contra o padre Júlio Lancelotti será obrigada a ter ao menos 28 votos entre os 55 vereadores da cidade. A votação em plenário é aberta.
Em nota, a Câmara disse que “será requisitado ao Ministério Público e à Polícia Civil o acompanhamento desta CPI”, cas o 28 vereadores concordem com o pedido de abertura da comissão.
“Em reunião na Presidência da Câmara, face às provas apresentadas em relação ao padre Julio Lancellotti, foi definido por maioria dos líderes o prosseguimento da CPI protocolada pelo vereador Rubinho Nunes (União). Até a próxima reunião do Colégio de Líderes será definido o escopo da apuração (objeto da investigação) para, então, o pedido de CPI ser apresentado ao Plenário, onde serão necessários 28 votos para aprovação. O presidente Milton Leite (União) informou que será requisitado ao Ministério Público e à Polícia Civil o acompanhamento desta CPI”, informa a nota da Câmara.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.