O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília inaugura, no dia 17 de setembro, a primeira grande retrospectiva de Luiz Zerbini, um dos maiores nomes da arte contemporânea brasileira. A mostra, intitulada Paisagens Ruminadas, convida o público a mergulhar nas quase cinco décadas de trajetória do artista, cujo trabalho é marcado pela multifacetada exploração das paisagens e suas interações com memória, sonho e realidade. A exposição estará aberta ao público até 10 de novembro de 2024.
Com curadoria de Clarissa Diniz, a mostra reúne cerca de 140 obras que incluem pinturas inéditas, esculturas, vídeos e uma instalação criada especialmente para o CCBB. A retrospectiva passou anteriormente pelo CCBB Rio de Janeiro, onde foi amplamente elogiada pelo público e pela crítica. Em Brasília, a exposição promete conquistar os visitantes ao explorar a complexidade do processo criativo de Zerbini, que define sua arte como uma forma de “ruminar paisagens” e transformá-las em novos significados.
Entre os destaques da exposição, está a monumental obra High Definition(2009), que marca o retorno de Zerbini à pintura figurativa após um período dedicado ao trabalho com o coletivo Chelpa Ferro. Além disso, o público poderá conferir obras emblemáticas como Massacre de Haximu(2020) e Primeira Missa(2014), que revisitam a história brasileira por meio de alegorias visuais impactantes, em uma crítica ao passado colonial e às narrativas oficiais do país.
A exposição está organizada em cinco núcleos temáticos que exploram diferentes facetas da produção artística de Zerbini. O primeiro núcleo, Viver é Ruminar Paisagens, destaca a centralidade da paisagem na obra do artista, que a utiliza não apenas como tema, mas como método criativo. Já o núcleo O Lugar de Existência de Cada Coisaexplora as interações entre objetos e espaços, enquanto Eu Paisagemdesafia a separação entre sujeito e paisagem, revelando uma interdependência entre ambos.
Outro aspecto marcante da obra de Zerbini é a interação entre diferentes linguagens artísticas. Além da pintura, ele explora a escultura, o vídeo e a música. Sua participação no coletivo Chelpa Ferro é um exemplo dessa diversidade de atuação, onde ele colabora na criação de obras que combinam instalações, performances e sonoridades experimentais. O núcleo final da exposição, Não É Só Sobre o Que Se Vê, aborda justamente essa relação entre o visual e outras dimensões sensoriais, como a sonoridade.
Serviço
Local:Centro Cultural Banco do Brasil Brasília – Galerias 2, 3 e 5 Período:de 17 de setembro a 10 de novembro de 2024 Horário:de quarta a segunda, das 9h às 21h Entrada:gratuita Classificação:livre
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.