O Conselho de Segurança da ONU testemunhou nesta quarta-feira (25) uma votação polarizada que resultou na rejeição das resoluções apresentadas pela Rússia e pelos Estados Unidos em relação ao conflito entre Israel e o grupo Hamas.
O desfecho da votação refletiu a divergência de opiniões entre os membros permanentes do Conselho – EUA, Reino Unido, França, Rússia e China.
Para que uma resolução seja aprovada, são necessários pelo menos nove votos favoráveis entre os 15 membros do Conselho, sem qualquer veto de um dos cinco integrantes permanentes.
As resoluções dos Estados Unidos foram vetadas pela China e Rússia devido à ausência de um apelo explícito por um cessar-fogo no texto.
O resultado da votação foi o seguinte: 10 votos a favor (Albânia, França, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Suíça, Reino Unido e EUA), 3 votos contra (Rússia, China e Emirados Árabes Unidos) e 2 abstenções (Brasil e Moçambique).
A resolução russa não obteve os nove votos necessários e teria sido vetada mesmo que conseguisse, uma vez que os EUA votaram contra.
O resultado da votação da resolução russa foi: 4 votos a favor (China, Gabão, Rússia e Emirados Árabes Unidos), 2 votos contra (Reino Unido e EUA) e 9 abstenções (Albânia, Brasil, Equador, França, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.